MIURA, AQUELE QUE DÁ A VIDA, OU O DESVENDAR DA NOSSA ANIMALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v10i19p92-102Palabras clave:
Literatura portuguesa, Miguel Torga, Herberto Helder, animalidade, alteridadeResumen
Unidas pela presença simbólica de um touro e pelas relações diretas e íntimas que esse animal desenvolve perante o ser humano, os contos «Miura», de Miguel Torga, e «Aquele que dá a vida», de Herberto Helder, instauram uma espécie de entrelaçamento que nos permite ter a percepção da animalidade que habita no ser humano, uma característica que foi sendo esquecida pelo sentimento de valorização do antropocentrismo e da racionalidade. Neste sentido, assiste-se, em ambas as narrativas, a um desvendar dessa animalidade que corresponde a um exercício de alteridade. O nosso objetivo aqui passa justamente por atestar esta realidade.
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