"A caverna", de José Saramago: o sonho de Cipriano
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v14i27p96-116Palabras clave:
Caverna, Sonho, Trabalho, Razão, InstintoResumen
Este trabalho tem a intenção de analisar o romance A Caverna (2000), de José Saramago, para refletir sobre o modo como os personagens trabalhadores são objetificados pelo Centro, uma espécie de shopping de proporções monstruosas que controla todo o espaço narrativo. Para isso, o estudo recupera diversos momentos do romance, mas se detém, principalmente, em uma das cenas em que o oleiro Cipriano, protagonista da obra, sonha com um forno novo que o adaptaria às demandas do Centro. Desta forma, com base nos estudos de Jung (2000), percebeu-se o sonho de Cipriano como o ápice da crise do personagem, pois expressa, primeiramente, a frustração de Cipriano com a perda de sua força de trabalho e, em seguida, o reconhecimento da sua condição de trabalhador descartável; o que o condiciona, posteriormente, a romper com o modo de vida imposto pelo Centro, cujos valores se orientam pelos ideais de eficiência e produtividade.
Descargas
Referencias
BARRETO, Lívia Braga. O homem no centro: romance e sociedade em A Caverna, de José Saramago. Dissertação (Mestrado em Literatura) - Programa de Pós-Graduação em Literatura do Departamento de Teoria Literária e Literaturas do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UNB), Brasília, DF, 2017. Disponível em: <https://repositorio.unb.br/handle/10482/23666>. Acesso em: 27 out. 2021.
BREITSAMETER, Amanda Jansson. Alegoria e exílio: uma análise de A caverna, de José Saramago. Dissertação (Mestrado em Letras/Pós-Colonialismo e Identidades) - Programa de Pós-Graduação do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, 2019. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/handle/10183/202490>. Acesso em: 27 out. 2021.
JUNG, Carl Gustav. A Natureza da Psique. Trad. Pe. Dom Mateus Ramalho Rocha. Petrópolis, RJ: Editora Vozes Ltda., 2000.
RESENDE, Pedro Henrique Costa De; MARTINEZ, Mateus Donia. A katábasis de C. G. Jung: dos mitos antigos às experiências visionárias modernas. Junguiana, v. 38, n. 1, p. 73–86, 2020. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Mateus-Martinez/publication/343583915_A_katabasis_de_C_G_Jung-_dos_mitos_antigos_as_experiencias_visionarias_modernas/links/5f32a7a692851cd302ef0fb3/A-katabasis-de-C-G-Jung-dos-mitos-antigos-as-experiencias-visionarias>. Acesso em 25 fev. 2022.
SARAMAGO, José. A Caverna. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
SILVA, Teresinha Vânia Zimbrão Da. A Terceira Margem. Revista Virtual UFJF, p. 1–7, 2010. Disponível em: https://www.ufjf.br/virtu/files/2010/03/artigo-1a1.pdf. Acesso em 25 fev. 2022.
VIEIRA CARDOSO, Mariana; NUNES SANTOS, Daniel. Sentidos alegóricos da dialética sujeito-objeto na modernidade: o duplo em “A Caverna”, de Saramago. Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, v. 19, n. 33, p. 187–201, 2020. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/palimpsesto/article/view/42978/35119>. Acesso em 25 fev. 2022.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Diego Kauê Bautz
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
O(s) autor(es) declara(m) automaticamente ao enviar um texto para publicação na revista Desassossego que o trabalho é de sua(s) autoria(s), assumindo total responsabilidade perante a lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, no caso de plágio ou difamação, obrigando-se a responder pela originalidade do trabalho, inclusive por citações, transcrições, uso de nomes de pessoas e lugares, referências histórias e bibliográficas e tudo o mais que tiver sido incorporado ao seu texto, eximindo, desde já a equipe da Revista, bem como os organismos editoriais a ela vinculados de quaisquer prejuízos ou danos.
O(s) autor(s) permanece(m) sendo o(s) detentor(es) dos direitos autorais de seu(s) texto(s), mas autoriza(m) a equipe da Revista Desassossego a revisar, editar e publicar o texto, podendo esta sugerir alterações sempre que necessário.
O autor(s) declara(m) que sobre o seu texto não recai ônus de qualquer espécie, assim como a inexistência de contratos editoriais vigentes que impeçam sua publicação na Revista Desassossego, responsabilizando-se por reivindicações futuras e eventuais perdas e danos. Os originais enviados devem ser inéditos e não devem ser submetidos à outra(s) revista(s) durante o processo de avaliação.
Em casos de coautoria com respectivos orientadores e outros, faz-se necessária uma declaração do coautor autorizando a publicação do texto.
Entende-se, portanto, com o ato de submissão de qualquer material à Revista Desassossego, a plena concordância com estes termos e com as Normas para elaboração e submissão de trabalhos. O não cumprimento desses itens ou o não enquadramento às normas editoriais resultará na recusa do material.