"REGRESSO À CÚPULA DA PENA": O MITO DO ETERNO RETORNO EM JOSÉ RODRIGUES MIGUÉIS
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v4i8p106-114Palavras-chave:
José Rodrigues Miguéis, regresso, embate, reintegraçãoResumo
Regresso à Cúpula da Pena, a mais insólita narrativa ficcional da obra de José Rodrigues Miguéis, foi considerada por Óscar Lopes como um poema em prosa do regresso português à pátria. Neste conto, que suscita o mito de Eterno Retorno, um expatriado volta a Lisboa para reintegrar-se à sua gente e, sobretudo, a si mesmo. A trama segue um ritmo quase cinematográfico, impregnada de ansiedade e tensão, com a incerteza do herói em se readaptar ao tempo presente. Portugal de outrora é longe e inacessível aos olhos do viajante, que não quer ser estrangeiro em seu país. O embate travado no zimbório da Pena assume um caráter mítico, na qual o narrador-personagem enfrenta, em uma luta de vida e morte, seus próprios fantasmas. O emblemático confronto do Eu com o Outro, que transita entre os planos do onírico e da imaginação, acena inicialmente com a dúvida, para depois encontrar uma justificativa sobrenatural que permanecerá, ainda assim, encoberta pela máscara da ambiguidade.
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