Espinosa e Blyenbergh: entre a semântica da amizade e a semântica do mal

Autores/as

  • Douglas Nunes Vieira Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2024.222545

Palabras clave:

Espinosa, amizade, verdade, Deus, mal, perfeição

Resumen

Nascida como um promissor início de amizade entre dois amantes da verdade, a correspondência entre Espinosa e Blyenbergh revelou-se uma verdadeira desilusão. Por conhecerem a verdade por caminhos diversos, nas línguas de Espinosa e de Blyenbergh, as palavras Deus e mal, que sustentam toda a problemática da correspondência, só poderiam significar coisas completamente diferentes. Apesar de ambos concordarem que Deus é sumamente perfeito e a causa de todas as coisas, enquanto um concebia que homens e mulheres poderiam contrariá-lo, entristecendo-o a ponto de puni-los por isso, o outro compreendia que Deus não é senão perfeição absoluta. Enquanto um concebia o mal como uma privação do bem, para o outro, ele nada é. Por isso mesmo, Espinosa e Blyenbergh jamais poderiam comunicar-se entre si pela linguagem dos filósofos, condição necessária para unirem-se pelo amor à verdade.

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Biografía del autor/a

  • Douglas Nunes Vieira, Universidade de São Paulo

    Doutorando 

Referencias

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Publicado

2024-06-30

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

Vieira, D. N. (2024). Espinosa e Blyenbergh: entre a semântica da amizade e a semântica do mal. Cadernos Espinosanos, 50, 139-168. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2024.222545