Análise de práticas profissionais: um dispositivo clínico em movimento
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i1p46-57Palavras-chave:
narcisismo, grupo, narrativa profissional, análise de práticasResumo
Michael Balint fundou um dispositivo clínico dedicado à relação médico-paciente. Os grupos de análise de práticas profissionais que se desenvolveram posteriormente acolhem outras profissões com outros saberes: adaptam a orientação psicanalítica ao estudo, em grupo, do Self-profissional dos participantes, formadores, educadores e professores. Surgem novos dados, como a relação dos participantes com o saber ou a dimensão narcísica que a sustenta e que parece ter um papel muito importante: o narcisismo está de fato presente na narratova profissional proposto e no grupo em dois aspectos, positivo e negativo, como apoio criativo ou como fechamento. Este artigo também desenvolve como esse dispositivo de trabalho, aberto a variações de enquadre e a surpresas, se transpõe à contribuição dos psicanalistas de grupo.
Downloads
Referências
Anzieu, D. (1999). L’illusion groupale : un Moi idéal commun. Le groupe et l’inconscient, pp. 74-98. Dunod. Edition originale en1971.
Balint, M. (1960). Le médecin, son malade et la maladie. Paris, P.U.F.
Blanchard Laville, C., Dubois, A. (2023). Cliopsy : un courant de recherches cliniques d’orientation psychanalytique en sciences de l’éducation et de la formation. Carnet psy, 2023/2 (N° 259).
Eiguer, A. (1999). Du bon usage du narcissisme. Bayard éditions.
Even, G. (2008). Les groupes Balint et leur spécificité : point de vue, Revue de psychothérapie psychanalytique de groupe, pp. 149-160 ; 2008/1 (n° 50).
Ferenczi, S. (1927). L’adaptation de la famille à l’enfant. Oeuvres complètes T 4, pp. 29-42. Payot.
Kaës, R. (1975/1997). Quatre études sur la fantasmatique de la formation et le désir de former, Fantasme et formation, Paris : Dunod.
Lacan, J. (1966). Le stade du miroir comme formateur de la fonction du Je, pp 92-99. Ecrits, Seuil. Edition originale en 1949.
Maurin, A, Pechberty, B. (2017). De la pluridisciplinarité dans un groupe d’analyse des pratiques professionnelles : illusion corporatiste et figures de l’étranger ; pp. 147-158. Revue de psychothérapie psychanalytique de groupe, 69.
Missenard, A. (1976). Formation de la personnalité professionnelle, pp. 116-118. Connexions, 17.
Mosconi, N. (2001). Que nous apprend l’analyse des pratiques sur les rapports de la théorie à la pratique ? Sources théoriques et techniques de l’analyse des pratiques professionnelles, pp 15-34. Coll. Savoir et formation. L’Harmattan.
Pechberty, B. (2009). Formation et soin psychique : des rencontres de hasard ou de structure ? pp. 41-49. Cliopsy, n° 1.
Pechberty, B. (2024). De Sandor Ferenczi à Michael Balint : savoir clinique, éducation et formation. Cliopsy, n. 31
Winnicott, D. W. (1971). Jeu et réalité. Folio essais, Gallimard.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Bernard Gérard Pechberty
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O envio dos manuscritos deverá ser acompanhado de Carta à Comissão Executiva solicitando a publicação. Na carta, o(s) autor(es) deve(m) informar eventuais conflitos de interesse - profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos - que possam vir a influenciar os resultados da pesquisa. Devem, ainda, revelar as fontes de financiamento envolvidas no trabalho, bem como garantir a privacidade e o anonimato das pessoas envolvidas. Portanto, o(s) autor(es) deve(m) informar os procedimentos da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética da instituição do(s) pesquisador(es) com o número do parecer.
O material deve ser acompanhado também de uma Declaração de Direito Autoral assinada por todo(s) o(s) autor(es) atestando o ineditismo do trabalho, conforme o seguinte modelo:
Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.