Pela inclusão do vídeo na psicanálise: espelho, espelho meu, que olhos grandes você tem!

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i2p312-327

Palavras-chave:

vídeo, psicanálise, autismo, ilusão, alienação

Resumo

Fundamentamos a função especular do vídeo na clínica psicanalítica infantil, especialmente no autismo, retomando os conceitos de alienação e ilusão. Em Lacan, o especular compreende uma imagem antecipada, oferecida pelo Outro, na qual o bebê se reconhece. Entretanto, essa cena alienante sugere um impasse, representado fabularmente pela rainha e branca de neve: que espelho oferece uma mãe considerando senão a própria beleza, incapaz de reconhecer a beleza própria da filha? Em Winnicott, uma ilusão ocorre no espelho: quando vê seu bebê, a mãe supõe existir de fato algo ali próprio a ele (não a ela). Tal ilusão ocorreria no vídeo: as filmagens dos atendimentos parecem capturar fatos que supomos concernirem à realidade da criança; após revisão do material, tomados pela ilusão, reconhecemo-lhe pequenas produções, mesmo a olho nu.

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Biografia do Autor

  • Danilo Sergio Ide, Centro Universitário Faculdade das Américas

    Psicólogo. Professor do Centro Universitário Faculdade das Américas (FAM), São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2021-08-30

Como Citar

Ide, D. S. (2021). Pela inclusão do vídeo na psicanálise: espelho, espelho meu, que olhos grandes você tem!. Estilos Da Clinica, 26(2), 312-327. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i2p312-327