O efeito da escolaridade e sexo sobre a haplologia no falar belenense
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v25i2p215-227Palavras-chave:
Haplologia, Sociolinguística, Escolaridade, SexoResumo
Esta pesquisa trata do fenômeno da haplologia no falar belenense a partir dos resultados do efeito dos fatores externos, escolaridade e sexo. As narrativas utilizadas para esta pesquisa são oriundas do Banco de dados Atlas Geossociolinguístico do Pará – AliPa (Razky, Org, 2003), tratadas à luz da Sociolinguística Variacionista (Labov, 2008). A análise desta pequisa considera somente os contextos da haplologia no âmbito da sentença. A relevância dos fatores externos sobre o fenômeno se confirma pela seleção das variáveis escolaridade e sexo pelo programa de regra variável Goldvarb X. Os resultados preliminares apontaram que a haplologia é regra estigmatizada no falar belenense por ser desfavorecida entre às mulheres e os mais escolarizados. A baixa produtividade da do fenômeno guarda relação com a escolaridade, a qual deve atuar como inibidora da regra.
Downloads
Referências
Alkmim MGR, Gomes CA. Dois fenômenos de supressão de segmentos em limite de palavra. Ensaios de linguística. 1982;7:43-51.
Barbosa JB, Costa DS. Os processos morfofonológicos desencadeados pelos sufixos -s/ção e -mento. Estudos linguísticos. 2006;35:1043-1052.
Battisti E. Haplologia sintática e efeitos de economia. Organon. 2004;18(36):31-39.
Battisti E. Haplologia no português do sul do Brasil. Letras de Hoje. 2005;40(3):73-88.
Bechara E. Moderna gramática portuguesa. 37.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; 2009.
Bisol L. O troqueu silábico no sistema fonológico (um adendo ao artigo de Plínio Barbosa). D.E.L.T.A. 2000;16(2):403-413.
Bisol L, organizadora. Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2005.
Câmara Jr. JM. Dicionário de linguística e gramática. 11a ed. Petrópolis: Vozes; 1984.
Coutinho IL. Gramática histórica. 7.ª ed. Rio de Janeiro: Ao livro Técnico; 1976.
Crystal D. Dicionário de linguística e fonética. Dias MCP, tradutora. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Zahar; 2000. p. 137.
Dubois J, et al. Dicionário de linguística. Rio de Janeiro; 1973.
Guy GR. Introdução à análise quantitativa da variação linguística. In: Zilles A, Maya LZ, tradutores. Sociolinguística quantitativa: instrumental de análise. São Paulo: Parábola Editorial; 2007. p. 19-46.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo demográfico 2022 [internet]. [citado 05 fev. 2024]. Disponível em: https: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/22827-censo-2020-censo4.html.
Labov W. Sociolinguistic patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania Press; 1972.
Labov W. Padrões sociolinguísticos. Bagno M, Scherre MMP, Cardoso CR, tradutores. São Paulo: Parábola Editorial; 2008.
Leal EG. Elisão silábica e haplologia: aspectos fonológicos do falar da cidade paulista de Capivari [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo; 2006.
Mendes RMG. A haplologia no português de Belo Horizonte [dissertação]. Minas Gerais: Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais; 2009.
Mollica MC. Dependência sintática e processos morfofonêmicos. Revista Estudos Linguísticos. 1996;5(4) v.1 jan.-jun.:155-162.
Oliveira AJ. ‘Comendo o final de palavras’: análise variacionista da haplologia, elisão e apócope em Itaúna/MG [tese]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2012.
Oliveira MB, Paz F. Haplologia na região amazônica: imagens preliminares. Estudos de Lingüística Galega. 2013;5:69-87.
Pavezi VC. A haplologia na variedade paulista [dissertação]. São José do Rio Preto: Universidade Estadual Paulista; 2006.
Paz FHS. Haplologia no falar paraense [dissertação]. Belém: Universidade Federal do Pará; 2013.
Paz FHS. O efeito de fatores internos e externos sobre a haplologia no falar belenense [tese]. Belém: Universidade Federal do Pará; 2019.
Paz FHS, Oliveira MB. Haplologia: uma análise variacionista no falar itaitubense. In: Razky A, Lima AF, Oliveira MB. Estudos sociodialetais do Português Brasileiro. São Paulo: Pontes; 2014. p. 77-96.
Paz FHS, Oliveira MB. Regras que alimentam a haplologia sintática. In: Ferreira M, organizadora. Descrição e ensino de línguas. São Paulo: Pontes; 2015. p. 111-126.
Prado NC. Haplologia na formação de palavras envolvendo o sufixo -ção. In: Encontro do CELSUL. Anais. Palhoça: Universidade do Sul de Santa Catarina; 2010.
Sankoff D, Tagliamonte S, Smith E. Goldvarb X: a variable rule application for the Macintosh and Windows. Universty of Toronto, Department of Linguistics; 2005.
Simioni T, Amaral FU. A haplologia e o princípio do contorno obrigatório. In.: Martins MA, organizador. Revista do Gelne. 2011;13:53-67. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/issue/view/522.
Silveira S. Fonética sintática e sua utilização na explicação de expressões feitas e na interpretação de textos. Rio de Janeiro: Organização Simões; 1952.
Tarallo F. A pesquisa sociolinguística. São Paulo: Ática; 1994.
Tenani LE. Domínios prosódicos do português: implicações para a prosódia e para a aplicação de processos fonológicos [tese]. Camoinas: Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas; 2002.
Weinreich U, Labov W, Herzog M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. Bagno M, tadutor. Faraco CA, revisor técnico. São Paulo: Parábola Editorial; 2006.
Williams EB. Do latim ao português: fonologia e morfologia históricas da língua portuguesa. Houaiss A, tradutor. 3.ª ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; 1981.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Flávia Helena da Silva Paz, Marilucia de Oliveira Cravo, Celiane Sousa Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os direitos autorais serão cedidos à revista para publicação on-line, com livre acesso e impressa para arquivo em papel. Serão preservados, porém, para autores que queiram republicar os seus trabalhos em coletâneas.