Os impactos vocais da doença de Parkinson em idosos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v26i2p397-418Palavras-chave:
Biomarcadores de fala, Doença de Parkinson, Análise acústica, Envelhecimento vocalResumo
Este estudo teve como objetivo analisar as diferenças nos parâmetros acústicos de diferentes dimensões fonéticas em discursos espontâneos e leitura em voz alta entre idosos, com foco específico em avaliar o impacto da doença de Parkinson (DP) e do envelhecimento saudável nos biomarcadores de fala de idosos, incluindo parâmetros acústico-prosódicos. Analisamos gravações de 32 falantes idosos brasileiros nativos, considerando três parâmetros acústico-prosódicos: frequência fundamental, duração e intensidade. Nossos resultados sugerem que os fatores estilo de fala e estágios de gravidade da DP estão correlacionados com a taxa de articulação, inclinação de LTAS em frequências médias, shimmer, mediana de F0, mínimo de F0, desvio padrão da primeira derivada positiva de F0 e coeficiente de variação da intensidade.
Downloads
Referências
Ackermann H, Konczak J, Hertrich I. The temporal control of repetitive articulatory movements in Parkinson's disease. Brain and language. 1997;56(2):312-319.
Appakaya SB, Sankar R. Classification of Parkinson’s disease using pitch synchronous speech analysis. 40th Annual International Conference of the IEEE Engineering in Medicine and Biology Society (EMBC); Jul. 2018; Honolulu, HI, USA: EMBC; 2018, p. 1420-1423.
Armstrong MJ, Okun MS. Diagnosis and Treatment of Parkinson Disease. JAMA. 2020;323(6):548-560.
Barbosa MT, et al. Parkinsonism and Parkinson’s disease in the elderly: a community-based survey in Brazil (the Bambuí study). Movement Disorders. 2006;21(6):800-808.
Barbosa P. Prosody Descriptor Extractor 2023 [internet].
Barbosa P. Revelar a estrutura rítmica de uma língua construindo máquinas falantes: pela integração de ciência e tecnologia de fala. In: Scarpa EM, organizadora. Estudos de prosódia. Campinas: Editora da Unicamp; 1999. p. 21-52.
Braak H, et al. Staging of the intracerebral inclusion body pathology associated with idiopathic Parkinson’s disease (preclinical and clinical stages). Journal of Neurology. 2002;249(3 Suppl):iii1-iii5.
Boersma, P; Weenink, D. Praat: doing phonetics by computer [programa de computador]. Versão 6.4.07.
Cascudo LC. História da alimentação no Brasil. 3.a ed. São Paulo: Global; 2004.
Dao SVT, et al. An analysis of vocal features for Parkinson’s disease classification using evolutionary algorithms. Diagnostics. 2022;12(8):1980.
Dromey C. Spectral measures and perceptual ratings of hypokinetic dysarthria. Journal of Medical Speech-Language Pathology. 2003;11:85-94.
Dytham C. Choosing and using statistics: a biologist’s guide. 3.a ed. Chichester: John Wiley & Sons; 2011.
Fernandes I, Andrade Filho AS. Estudo clínico-epidemiológico de pacientes com doença de Parkinson em Salvador-Bahia. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2018;22(1):45-59.
Gomes ABP, Simões-Zenari M, Nemr K. Voz do idoso: o avanço da idade gera diferentes impactos? CoDAS. 2021;33(6): e20200126.
Greffard S, et al. Motor score of the unified Parkinson disease rating scale as a good predictor of Lewy body–associated neuronal loss in the substantia nigra. Archives of neurology. 2006;63(4):584-588.
Grosjean F, Lane H. Pauses and syntax in American Sign Language. Cognition. 1977;5:101-117.
Hoehn MM, Yahr MD. Parkinsonism: onset, progression, and mortality. Neurology. 1967;17(5):427-442.
Ikuta YM, et al. Avaliação da função cognitiva em pacientes com doença de Parkinson. Rev. para med. 2012;26(1):1-6.
Kost KM, Sataloff RT. Voice disorders in the elderly. Clinics in Geriatric Medicine. 2018;34(2):191-203.
Ladd DR. O que é prosódia? Couto TL, Seara IC, tradutoras. Working Papers em Linguística. 2019;20(1):8-46.
Lirani-Silva C, Mourão LF, Gobbi LTB. Dysarthria and quality of life in neurologically healthy elderly and patients with Parkinson’s disease. CoDAS. 2015;27(3):248-254.
Lowit A, et al. Rhythmic performance in hypokinetic dysarthria: relationship between reading, spontaneous speech and diadochokinetic tasks. Journal of Communication Disorders. 2018;72:26-39.
Ludlow CL, Connor NP, Bassich CJ. Speech timing in Parkinson’s and Huntington’s disease. Brain and Language. 1987;32(2):195-214.
Manderson L, et al. A systematic review of the relationships amongst older adults’ cognitive and motor speech abilities [internet].
Maryn Y, et al. Mobile communication devices, ambient noise, and acoustic voice measures. Journal of Voice. 2017;31(2):248.e11-248.e23.
Monnin P, Grosjean F. Les structures de performance en Français: caractérisation et prédiction. L’année psychologique. 1993;93(1):9-30.
Pagano M, Gauvreau K. Principles of biostatistics. 2.a ed. New York: Chapman and Hall/CRC; 2018.
Patel S, Parveen S, Anand S. Prosodic changes in Parkinson’s disease. Journal of the Acoustical Society of America. 2016;140(4 Suppl):3442-3442.
Quedas A, Duprat AC, Gasparini G. Lombard’s effect’s implication in intensity, fundamental frequency and stability on the voice of individuals with Parkinson’s disease. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. 2007;73(5):675-683.
RStudio Team. RStudio: integrated development for R [programa de computador]. Boston, MA: RStudio, PBC; 2023.
Rosa JDC, Cielo CAC, Cechella C. Função fonatória em pacientes com doença de Parkinson: uso de instrumento de sopro. Revista CEFAC. 2009;11(2):305–313.
Soares MFP. Estratégias de produção de vogais e fricativas: análise acústica da fala de sujeitos portadores de doença de Parkinson [tese]. Campinas: Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas; 2009.
Tanner K, et al. Spectral moments of the long-term average spectrum: sensitive indices of voice change after therapy? Journal of Voice. 2005;19(2):211–222.
Tjaden K, et al. Long-term average spectral (LTAS) measures of Dysarthria and their relationship to perceived severity. Journal of Medical-Speech Language Pathology. 2010;18(4):125-132.
Traunmüller H, Eriksson A. Acoustic effects of variation in vocal effort by men, women, and children. The Journal of the Acoustical Society of America. 2000;107(6):3438-3451.
Vieira MAS. Acento tonal pré-nuclear ascendente no português brasileiro: comparação com fala parkinsoniana [dissertação]. Belo Horizonte: Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais; 2017.
WEF Máquinas de Embalagens. Saiba como surgiu a paçoca - doce tradicionalmente brasileiro [internet].
Zardeto-Sabec G, et al. Doença de Parkinson, seus mecanismos fisiopatológicos e semiologia: revisão bibliográfica. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research - BJSCR. 2018;22(3):68-75.
Ziemssen T, Reichmann H. Treatment of dysautonomia in extrapyramidal disorders. Therapeutic Advances in Neurological Disorders. 2010;3(1):53-67.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Lucas Manca Dal'Ava, Plínio Almeida Barbosa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os direitos autorais serão cedidos à revista para publicação on-line, com livre acesso e impressa para arquivo em papel. Serão preservados, porém, para autores que queiram republicar os seus trabalhos em coletâneas.