Tecnopolíticas em Lisboa: redes híbridas como base para a criação de um observatório BIP/ZIP
DOI:
https://doi.org/10.11606/gtp.v15i3.166316Palavras-chave:
Cultura Digital, Comunidades de Prática, Lisboa, TecnopolíticaResumo
A condição digital levanta novas oportunidades à participação cidadã nos processos de tomada de decisão e oferece novos meios de interação que potenciam a organização e ação política coletiva. No desenho de políticas públicas para as cidades, é o momento para inclusão e criação de novas formas de distribuição de poder entre pessoas e organizações envolvidas nos processos tecnopolíticos. O presente artigo descreve o levantamento e análise de dispositivos tecnopolíticos criados via bottom-up, no âmbito do programa Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária (BIP/ZIP) do Município Lisboa. A metodologia adotada baseia-se na definição de um conjunto de critérios de leitura das ferramentas tecnopolíticas, dos atores envolvidos, dos meios utilizados e seus propósitos políticos. O estudo permite uma reflexão crítica sobre o papel da dimensão digital na articulação e expansão da participação nos territórios, entre entidades parceiras e comunidades. Os resultados sublinham a pertinência do desenho de um observatório capaz de monitorizar o impacto do programa BIP/ZIP na cidade de Lisboa.
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