Do palco à flora, a pregnância de um imaginário - “A Inteligência das flores” de Maurice Maeterlinck
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-3976.v5i10p49-58Palavras-chave:
Narrativa de Natureza, Fim de Século, Idealismo, Analogia, Literatura FrancófonaResumo
Tradução de Cristina Robalo Cordeiro (Universidade de Coimbra - FLUC)
Considera-se com frequência como um aparte a produção de Maurice Maeterlinck dedicada aos fatos naturais. A coerência dos livros deste ciclo, no interior do conjunto da obra, merece, no entanto, um olhar atento. Publicado na metade da vida do futuro Prêmio Nobel, L’Intelligence des fleurs [A Inteligência das Flores] (1907) prova ser assim bem mais que uma pura descrição botânica. O que o torna singular é o emaranhado de uma tal descrição natural com as assombrações do imaginário maeterlinckiano, que são além disso aquelas do idealismo finissecular. Este estudo faz surgir numerosos exemplos de descrições que se acreditaria tiradas dos dramas do autor de Pelléas.
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