Do palco à flora, a pregnância de um imaginário - “A Inteligência das flores” de Maurice Maeterlinck

Autores

  • Marc Quaghebeur Archives et Musée de la Littérature à Bruxelles

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-3976.v5i10p49-58

Palavras-chave:

Narrativa de Natureza, Fim de Século, Idealismo, Analogia, Literatura Francófona

Resumo

Tradução de Cristina Robalo Cordeiro (Universidade de Coimbra - FLUC)

Considera-se com frequência como um aparte a produção de Maurice Maeterlinck dedicada aos fatos naturais. A coerência dos livros deste ciclo, no interior do conjunto da obra, merece, no entanto, um olhar atento. Publicado na metade da vida do futuro Prêmio Nobel, L’Intelligence des fleurs [A Inteligência das Flores] (1907) prova ser assim bem mais que uma pura descrição botânica. O que o torna singular é o emaranhado de uma tal descrição natural com as assombrações do imaginário maeterlinckiano, que são além disso aquelas do idealismo finissecular. Este estudo faz surgir numerosos exemplos de descrições que se acreditaria tiradas dos dramas do autor de Pelléas.

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Biografia do Autor

  • Marc Quaghebeur, Archives et Musée de la Littérature à Bruxelles

    Doutor em Filosofia e Letras com a tese L'œuvre nommée Arthur Rimbaud (1975), ensaísta, poeta e escritor, Marc Quaghebeur é diretor dos Arquivos e Museu da Literatura em Bruxelas. Ele é autor de vários livros de referência dedicados à literatura belga francófona e ao simbolismo, dentre os quais o mais recente é intitulado Histoire Forme et Sens en Littérature. La Belgique francophone. L'engendrement (1815/1914) (2015).

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

Quaghebeur, M. (2016). Do palco à flora, a pregnância de um imaginário - “A Inteligência das flores” de Maurice Maeterlinck. Non Plus, 5(10), 49-58. https://doi.org/10.11606/issn.2316-3976.v5i10p49-58