Difusão de inovações nos circuitos comunicativos do metrô de São Paulo: a experiência da Linha 4 e ressonâncias na rede
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-7714.no.2023.200289Palavras-chave:
Inovação tecnológica, Inovação organizacional, Difusão de inovações, Circuitos comunicativos, Metrô (São Paulo)Resumo
Este artigo apresenta alguns resultados de minha pesquisa etnográfica sobre as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do metrô de São Paulo. A Linha 4 é a primeira com condução totalmente automática (sem condutor humano) e com operação privada. A Linha 5 foi recentemente concedida e será possivelmente automatizada. Na Linha 4, a implementação da inovação tecnológica associou-se a uma recomposição do trabalho metroviário, que se tornou polivalente. Como ocorre em casos de automação na indústria, a inovação tecnológica carreou a inovação organizacional. Procuro compreender as associações entre inovações em seu processo de difusão no contexto da Linha 4, observando repercussões na Linha 5 e no conjunto da rede. Considero a difusão de inovações, a partir de Rogers (2003), como processo comunicacional. O meio sociotécnico do metrô funciona como um canal de comunicação, com seus circuitos comunicativos em que maquinismos e ação humana não cessam de se imbricar.
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