O triunfo e a dor da beleza: comparando as estéticas recursiva, contrapontística e celular do ser

Autores

  • George Mentore Universidade da Virgínia; Departamento de Antropologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-77012006000100014

Palavras-chave:

fractalidade, visibilidade, individualidade, conhecimento, verdade, poder

Resumo

O principal argumento desenvolvido neste ensaio é o de que, para os Waiwai, o privilégio conferido à visibilidade lateral sugere idéias sobre um indivíduo fractal, associado ao poder recursivo, enquanto, para as sociedades do litoral da Guiana e dos Estados Unidos, o privilégio conferido à visibilidade axial sugere concepções sobre um indivíduo autônomo, associado a relações de poder contrapontísticas e celulares, respectivamente. Será argumentado que, ao contrário da situação dos Waiwai, de acordo com o objetivo de atingir maior eficiência no funcionamento de suas relações políticas com os cidadãos, o desejo do Estado moderno, expresso por meio do uso privilegiado da visibilidade axial, reduz a importância das relações laterais e produz indivíduos categorialmente isolados e solitários.

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Publicado

2006-01-01

Edição

Seção

Seção Especial

Como Citar

Mentore, G. (2006). O triunfo e a dor da beleza: comparando as estéticas recursiva, contrapontística e celular do ser . Revista De Antropologia, 49(1), 465-499. https://doi.org/10.1590/S0034-77012006000100014