Os sentidos do real e do falso: o consumo popular em perspectiva etnográfica
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-77012010000100009Palavras-chave:
consumo, pirataria, classes populares, sacrifícioResumo
A partir de duas etnografias entre grupos populares em Porto Alegre, problematizamos a questão do consumo, em face de um contexto nacional que aponta para a ascensão da participação dos setores de baixa renda no mercado. O enfoque da nossa análise recai na escolha entre bens originais e falsificados. Procurando se afastar dos preconceitos que rodeiam o campo do consumo popular, bem como da razão prática atrelada a esse tema, a etnografia busca o entendimento do significado que tais bens assumem quando circulam em uma determinada rede de afetividade. Nosso propósito não é construir "um" modelo fechado acerca do gosto e estilo de vida dos grupos populares, mas relatar a polissemia de significados que está presente do momento da escolha entre o produto original e o falso - ato que negocia e equilibra, em um escopo relacional, custo-benefício, razões práticas e simbólicas, dinheiro e amor, efemeridade e duração.Downloads
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