Saberes missionários: da autoria à tradução
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2012.59302Palavras-chave:
Missionários, antropologia missionária, tradução cultural.Resumo
Neste trabalho tomo como objeto da minha reflexão a antropologiamissionária. Procuro compreender suas relações intelectuais e práticascom questões colocadas pela antropologia acadêmica. Tendo como perspectivade fundo um projeto civilizador, o missionário-etnógrafo posicionou-seem seu campo de observação como um “tradutor” entre diferentes mundos.Mas o modo como o fez e o modo como seu trabalho foi lido por seus paresfoi se transformando em função de diferentes contextos históricos. Procuraremosdescrever neste artigo esse processo que, a nosso ver, foi marcado aomenos por três grandes fases: a do missionário/autor; a do missionário/opressor;e a do missionário propriamente tradutor. Considerando-se os missionárioscomo “tradutores”, procuraremos elucidar as maneiras como os seusdiscursos se apropriaram e produziram as diferenças nativas. Para tanto, recuperaremosparte da análise que realizamos dos escritos etnográficossalesianos a respeito das populações indígenas no Brasil entre 1920 e 1970em obra recentemente publicada.Downloads
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