No lugar de Exu: os guias de turismo no Candomblé de Salvador, Bahia
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2013.82539Palavras-chave:
Candomblé, Turismo, Legitimidade, Dinheiro.Resumo
Este artigo procura explorar a dinâmica de construção de legitimidade entre terreiros de Candomblé a partir de suas relações com o turismo. Assim, apresenta uma proposta de interpretação da posição ocupada por guias de turismo que levam visitantes aos terreiros de Salvador, na Bahia. Os guias situam-se entre concepções de atores diversos do que vem a ser uma religião e suas relações com o dinheiro e o mercado, inserindo-se como mediadores controversos, o que me levou a comparar sua posição com a de Exu, uma divindade essencial nesta religião. Sugiro que os guias ocupam uma posição de mediação entre o “sagrado” e o “dinheiro”, representando o perigo de contaminação de uma religião “tradicional” por sua mera presença. Pode-se notar ainda que os guias se tornaram parte da dinâmica mais antiga de legitimação – deslegitimação entre os próprios terreiros, por meio da consolidação de categorias de acusação.Downloads
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