Liberalização interrompida
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i104p51-62Palavras-chave:
sistema elétrico, liberalização econômica, mercado atacadista de energia, risco de racionamento.Resumo
O regime monopolista operado com tarifas pelo custo do serviço permitiu ao sistema elétrico mover-se em um círculo virtuoso de expansão com tarifas cadentes durante décadas. Esse círculo rompeu-se no último quartil do século passado, quando mudanças no contexto econômico criaram fortes pressões sobre os custos setoriais. Deslanchada no governo FHC, a liberalização do mercado elétrico foi interrompida no governo Lula criando dois paradoxos: 1) custos técnicos baixos, porém tarifas elevadas; 2) margem de reserva elevada, contudo o risco de racionamento de energia é permanente. Esses problemas têm sua origem nas inconsistências do mercado de energia. Dar continuidade ao processo de liberalização do mercado elétrico é condição sine qua non para que o risco recorrente de racionamento seja removido e o sistema elétrico volte a operar em um círculo virtuoso de expansão.
Downloads
Referências
ARMAND, M.; TARASCON, J. M. “Building Better Batteries”, in Nature, 451, February, 2008, pp. 652-7.
BEESLEY, M. E.; Littlechild, S. C. “The Regulation of Privatized Monopolies in the United Kingdom”, in Rand Journal of Economics, vol. 20, number 3, 1989.
CHRISTENSEN, L. R.; GREENE, W. H. “Economies of Scale in U.S. Electric Power Generation”, in Journal of Political Economy, Chicago University Press, 1976.
D’ARAUJO, R. P. Setor Elétrico Brasileiro: uma Aventura Mercantil. Rio de Janeiro, Confea-Crea, 2009.
DAVID, P. A.; WRIGHT, G. “General Purpose Technologies and Surges in Productivity: Historical Reflections on the Future of the ICT Revolution”, in Discussion Papers in Economic and Social History, University of Oxford, 1999.
DE OLIVEIRA, A. Electricity System Performance: Options and Opportunities for Developing Countries. Luxemburgo, Coped/CEC, 1992.
DIXIT, A.; PINDYCK, R. Investiment under Uncertainty. Princeton, Princeton University Press, 1994.
. “The Political Economy of the Brazilian Power Industry”, in D. Victor; T. Heller. Economy of the Power Sector Reform. Cambridge University Press, 2007.
HART, O. Firms, Contracts, and Financial Structure. New York, Oxford University Press, 1995.
HUNT, S.; SHUTTLEWORTH, G. Competition and Choice in Electricity. West Sussex, Wiley, 1996.
KAHN, A. The Economics of Regulation: Principles and Institutions. Cambridge, MIT Press, 1988.
LEITE, A. Dias. A Energia do Brasil. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1997.
MEDEIROS, R. O Capital Privado na Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro. Tese de mestrado. Rio de Janeiro, Coppe/UFRJ, 1993.
STOFT, S. Power Sytem Economics. New York, The Institute of Electrical and Electronics Engineers/Wiley and Sons, 2002.
SURREY, J. The British Electricity Experiment. London, Earthcan Publication, 1996.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Revista USP

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Pertence à revista. Uma vez publicado o artigo, os direitos passam a ser da revista, sendo proibida a reprodução e a inclusão de trechos sem a permissão do editor. |