Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940

Autores

  • Andre Mota Universidade de Sao Paulo; Faculdade de Medicina; Museu Professor Carlos da Silva Lacaz
  • Lilia Blima Schraiber Universidade de Sao Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/rsp.v47i5.76693

Resumo

O objetivo do estudo foi interpretar e compreender a institucionalização da saúde pública paulista nos anos 1930-1940, com base na história das especialidades médicas. Foram analisadas novas fontes documentais em diálogo com a literatura existente, levando à identificação de novos indícios relativamente à questão eugênica e à presença de crenças religiosas de médicos como um movimento social. Os médicos, à medida que se especializavam como sanitaristas, propunham um projeto para elevar a raça brasileira, mesclando discursos higienistas com ações sanitárias. São Paulo buscou a primazia nesse projeto, por se acreditar um Estado detentor de uma raça já constituída de “homens historicamente saudáveis”. Crenças religiosas influenciaram o debate e as decisões de época para a ordem sanitária. Historicamente, o discurso sanitário compõe questões técnico-científicas com as político-ideológicas e as culturais, produzindo uma mescla dos diferentes interesses e perspectivas de ordem corporativa da profissão.

Publicado

2013-10-01

Edição

Seção

Artigo Especial

Como Citar

Mota, A., & Schraiber, L. B. (2013). Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940. Revista De Saúde Pública, 47(5), 839-845. https://doi.org/10.1590/rsp.v47i5.76693