Geoprocessamento e a promoção da saúde: desigualdades sociais e ambientais em São Paulo

Autores/as

  • Anna Maria Chiesa Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem; Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva
  • Márcia Faria Westphal Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Prática em Saúde Pública
  • Néa Miwa Kashiwagi Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Serviço de Epidemiologia Hospitalar

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000600004

Palabras clave:

Geoprocessamento, Indicadores compostos, Informação geográfica em saúde, Indicadores de saúde, Eqüidade, Doenças respiratórias, Promoção da saúde, Iniqüidade social, Fatores de risco, Distribuição espacial

Resumen

OBJETIVO: Caracterizar as desigualdades sociais, que se configuram em condições de risco aos agravos respiratórios em crianças e descrever os usos de técnicas de geoprocessamento na identificação de grupos sociais homogêneos e as ações de intervenção no âmbito da promoção da saúde. MÉTODOS: A área estudada foi a abrangida por um centro de saúde-escola, localizado no município de São Paulo. A partir dos resultados do censo de 1991, foram processados estatisticamente os dados dos domicílios integrantes de 49 setores censitários da área estudada, obtendo-se a média ponderada das variáveis sociais e ambientais representativas dos referidos setores. Em conjunto com representantes da população local, foram selecionadas variáveis que constituíram indicadores compostos referentes à inserção social e à qualidade do domicílio como subsídio à comparação dos setores e sua estratificação em relação ao potencial de exposição às condições de risco para os agravos respiratórios. Foram identificados quatro grupos homogêneos, segundo o grau de exposição às condições de risco, utilizando-se técnicas de geoprocessamento. RESULTADOS: Foi possível visualizar espacialmente os grupos que retratavam diferentes carências no território estudado. O instrumental metodológico utilizado revelou-se de grande importância para a formulação de ações diferenciadas no âmbito local em serviços que atuam em regiões geográficas delimitadas. CONCLUSÕES: O estudo contribuiu para o reconhecimento das condições de risco no território de responsabilidade de uma unidade básica de saúde, possibilitando a discussão e equacionamento coletivo e intersetorial dos problemas relacionados aos agravos respiratórios na infância, na perspectiva da promoção de eqüidade e melhoria de condições de saúde da população infantil.

Publicado

2002-10-01

Número

Sección

Artigos Originais

Cómo citar

Chiesa, A. M., Westphal, M. F., & Kashiwagi, N. M. (2002). Geoprocessamento e a promoção da saúde: desigualdades sociais e ambientais em São Paulo . Revista De Saúde Pública, 36(5), 559-567. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000600004