Representações sociais sobre relações entre vasos de plantas e o vetor da dengue

Autores/as

  • Fernando Lefèvre Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Ana Maria Cavalcanti Lefèvre Secretaria Municipal da Saúde São Paulo
  • Sirle Abdo Salloum Scandar Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Superintendência do Controle de Endemias
  • Sueli Yassumaro Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Superintendência do Controle de Endemias

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000300011

Palabras clave:

Educação em saúde, Dengue^i1^sprevenção e contr, Controle de vetores, Insetos vetores, Conhecimentos, atitudes e prática, Aedes, Entrevistas

Resumen

OBJETIVO: Saber como "cuidadores" representam as relações entre vasos de plantas e criadouros de vetores da dengue, para a reformulação da atividade educativa. MÉTODOS: O estudo foi realizado junto a "cuidadores" de vasos de plantas de três municípios do Estado de São Paulo onde há presença da dengue e foi desenvolvida intensa atividade educativa. Selecionaram-se 20 residências de cada município estudado, classificadas em positivas e não positivas para larvas de Aedes aegypti, em vasos de plantas. Os endereços foram retirados dos boletins de avaliação de densidade larvária utilizados pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). Os participantes da pesquisa, em número de 60, encontravam-se na faixa etária dos 20 aos 65 anos. Foram feitas entrevistas por meio de questionário semi-estruturado, com gravação em fita magnética. Utilizou-se para a tabulação dos dados a técnica do discurso do sujeito coletivo. RESULTADOS: Foram encontradas como representações negativas: informações errôneas no imaginário da população; descrença de que um simples "mosquitinho" possa causar tanto problema; crença na doença apenas quando ela se manifesta concretamente e descrença na atividade educativa de um modo geral. Quanto às representações positivas, verificou-se: entendimento do mecanismo básico de transmissão da doença; valorização do papel e da presença constante da autoridade sanitária; entendimento da parcela de responsabilidade que cabe à população no enfrentamento da doença. CONCLUSÕES: No que diz respeito às ações de controle do vetor da dengue, as mensagens educativas demasiadamente sintéticas emitidas pelas autoridades sanitárias não permitiram a sua assimilação pela população na escala em que seria desejável. Tais atividades educativas devem fazer sentido para as populações às quais se destinam, para que ocorram mudanças de comportamentos.

Publicado

2004-06-01

Número

Sección

Artigos Originais

Cómo citar

Lefèvre, F., Lefèvre, A. M. C., Scandar, S. A. S., & Yassumaro, S. (2004). Representações sociais sobre relações entre vasos de plantas e o vetor da dengue . Revista De Saúde Pública, 38(3), 405-414. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000300011