Poluição atmosférica e doenças respiratórias em crianças na cidade de Curitiba, PR

Autores/as

  • Sonia Maria Cipriano Bakonyi Universidade Federal do Paraná; Departamento de Geografia
  • Inês Moresco Danni-Oliveira Universidade Federal do Paraná; Departamento de Geografia
  • Lourdes Conceição Martins Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental
  • Alfésio Luís Ferreira Braga Universidade de Santo Amaro; Faculdade de Medicina; Programa de Pediatria Ambiental

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000500012

Palabras clave:

Poluição do ar^i1^sefeitos adver, Saúde infantil (saúde pública), Doenças respiratórias, Série de tempo

Resumen

OBJETIVO: Investigar os efeitos causados pela poluição atmosférica na morbidade por doenças respiratórias em crianças entre 1999 e 2000. MÉTODOS: Foram obtidos os dados diários de atendimentos por doenças respiratórias para crianças em unidades de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Curitiba, PR, Brasil. Níveis diários de material particulado, fumaça, dióxido de nitrogênio e ozônio foram obtidos com o Instituto Ambiental do Paraná e Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, organização não governamental. Dados diários de temperatura e umidade relativa do ar foram fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia. Para verificar a relação existente entre doenças respiratórias e poluição atmosférica, utilizou-se o modelo aditivo generalizado de regressão de Poisson, tendo como variável dependente o número diário de atendimentos por doenças respiratórias e, como variáveis independentes, as concentrações médias diárias dos poluentes atmosféricos. A análise foi ajustada para sazonalidade de longa duração (número de dias transcorridos), sazonalidade de curta duração (dias da semana), temperatura mínima e umidade média. O nível de significância alfa=5% foi adotado em todas as análises . RESULTADOS: Todos os poluentes investigados apresentaram efeitos sobre as doenças respiratórias de crianças. Um aumento de 40,4 µg/m³ na média móvel de três dias de fumaça esteve associado a um aumento de 4,5% (IC 95% 1,5; 7,6) nas consultas por doenças respiratórias de crianças. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que a poluição atmosférica promove efeitos adversos para a saúde das crianças, mesmo quando os níveis dos poluentes estão aquém do que determina a legislação.

Publicado

2004-10-01

Número

Sección

Artigos Originais

Cómo citar

Bakonyi, S. M. C., Danni-Oliveira, I. M., Martins, L. C., & Braga, A. L. F. (2004). Poluição atmosférica e doenças respiratórias em crianças na cidade de Curitiba, PR . Revista De Saúde Pública, 38(5), 695-700. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000500012