Fontes alimentares de Triatoma pseudomaculata no Estado do Ceará, Brasil

Autores/as

  • Simone Patrícia Carneiro Freitas Fiocruz; Instituto Oswaldo Cruz; Laboratório de Transmissores de Leishmanioses; Núcleo de Morfologia e Ultraestrutura de Vetores
  • Elias Seixas Lorosa Fiocruz; Instituto Oswaldo Cruz; Departamento de Entomologia; Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos
  • Daniele Cristine Silva Rodrigues Fiocruz; Instituto Oswaldo Cruz; Laboratório de Transmissores de Leishmanioses; Núcleo de Morfologia e Ultraestrutura de Vetores
  • Assilon Lindoval Carneiro Freitas Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
  • Teresa Cristina Monte Gonçalves Fiocruz; Instituto Oswaldo Cruz; Laboratório de Transmissores de Leishmanioses; Núcleo de Morfologia e Ultraestrutura de Vetores

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000100004

Palabras clave:

Hábitos alimentares, Trypanosoma cruzi, Ecologia de vetores, Vetores de doenças, Insetos vetores, Triatoma pseudomaculata

Resumen

OBJETIVO: Triatoma pseudomaculata, espécie peridomiciliar, é encontrada apresentando baixa taxa de infecção por Trypanosoma cruzi. Com o objetivo de identificar os possíveis reservatórios de T. cruzi, investigou-se a ocorrência desse triatomíneo no domicílio, bem como suas fontes alimentares. MÉTODOS: De janeiro de 2001 a julho de 2002 foram capturados 921 espécimes de T. pseudomaculata em 13 municípios do sul do Estado do Ceará. O conteúdo intestinal dos triatomíneos foi retirado, espalhado em disco de papel de filtro e analisado por precipitina para os seguintes anti-soros: ave, roedor, cão, gambá, lagarto, boi/cabra, gato, porco, barata e humano. A investigação da presença de T. cruzi foi feita observando-se parte do conteúdo intestinal dos insetos a fresco, entre lâmina e lamínula, e pela sua semeadura em meio de cultura. RESULTADOS: Do total examinado, 184 (90,6%) foram positivos para os anti-soros testados: ave (62,5%)>; roedor (33,7%)>; cão (20,1%)>; gambá (9,8%)>; lagarto (5%)>; boi-cabra (5%)>; gato (2,7%)>; porco (2,2%)>; barata (2,2%)>; humano (1,6%). As alimentações variaram de zero (não reagiram) a quatro da seguinte forma: não reagiram (9,4%), uma (57,1%), duas (26%), três (7%) ou quatro (0,5%). Das fontes alimentares identificadas apenas três espécimes (1,6%) foram positivos para T. cruzi. CONCLUSÕES: A baixa incidência de sangue humano mostra que T. pseudomaculata está bem adaptado ao peridomicílio. Porém, a vigilância epidemiológica na região sul do Estado do Ceará se faz necessária tendo em vista a proximidade da espécie ao domicílio.

Publicado

2005-01-01

Número

Sección

Artigos Originais

Cómo citar

Freitas, S. P. C., Lorosa, E. S., Rodrigues, D. C. S., Freitas, A. L. C., & Gonçalves, T. C. M. (2005). Fontes alimentares de Triatoma pseudomaculata no Estado do Ceará, Brasil . Revista De Saúde Pública, 39(1), 27-32. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000100004