Fatores de risco para sibilância recorrente em lactentes: estudo caso-controle

Autores

  • Roberta Barros de Sousa Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciências da Saúde
  • Décio Medeiros Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciências da Saúde; Departamento Materno Infantil
  • Emanuel Sarinho Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciências da Saúde; Departamento Materno Infantil
  • José Ângelo Rizzo Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciências da Saúde; Departamento de Medicina Clínica
  • Almerinda Rêgo Silva Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciências da Saúde; Departamento Materno Infantil
  • Ana Carolina Dela Bianca Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciências da Saúde; Departamento Materno Infantil

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050005100

Resumo

OBJETIVO Avaliar a associação entre a sibilância recorrente e atopia, o Índice Preditivo para Asma, exposição a fatores de risco e dosagem de IgE sérica total como possíveis fatores preditores de sibilância recorrente. MÉTODOS Estudo caso-controle com crianças de seis a 24 meses de idade atendidas em ambulatório especializado entre novembro de 2011 e março de 2013. Foram avaliados a sensibilização a antígenos inaláveis e alimentares, positividade para o Índice Preditivo para Asma e outros fatores de risco para sibilância recorrente (tabagismo durante a gravidez, presença de fumaça na residência, infecções virais e dosagem de IgE total). RESULTADOS Foram avaliadas 113 crianças, sendo 65 lactentes sibilantes recorrentes (63,0% do sexo masculino) com média de idade de 14,8 (DP = 5,2) meses e 48 lactentes saudáveis (44,0% do sexo masculino) com média de idade de 15,2 (DP = 5,1) meses. No modelo de análise múltipla, a sensibilização a antígenos (OR = 12,45; IC95% 1,28–19,11), Índice Preditivo para Asma positivo (OR = 5,57; IC95% 2,23–7,96) e exposição à fumaça ambiental (OR = 2,63; IC95% 1,09–6,30) permaneceram como fatores de risco para sibilância. Eosinofilia ≥ 4,0% e IgE total ≥ 100 UI/mL foram mais prevalentes no grupo sibilante, mas não permaneceram no modelo. O tabagismo na gestação foi identificado em pequeno número de mães e o tabagismo domiciliar foi maior no grupo controle. CONCLUSÕES A presença de atopia, a positividade ao Índice Preditivo para Asma e a exposição à fumaça ambiental estão associadas à sibilância recorrente. A identificação desses fatores permite a adoção de medidas preventivas, especialmente nas crianças susceptíveis à persistência de sibilância e ao surgimento de asma no futuro.

Publicado

2016-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Sousa, R. B. de, Medeiros, D., Sarinho, E., Rizzo, J. Ângelo, Silva, A. R., & Bianca, A. C. D. (2016). Fatores de risco para sibilância recorrente em lactentes: estudo caso-controle . Revista De Saúde Pública, 50, 15. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050005100