Morbidade por tuberculose e desempenho do programa de controle em municípios brasileiros, 2001-2003
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000800013Palavras-chave:
Tuberculose^i1^sepidemiolo, Avaliação de programas e projetos de saúde, Indicadores básicos de saúde, Vigilância epidemiológica, BrasilResumo
OBJETIVO: Analisar os municípios brasileiros segundo morbidade e desempenho do controle da vigilância epidemiológica de tuberculose e Aids. MÉTODOS: Análise exploratória de dois grupos de clusters não hierárquicos de dados de vigilância epidemiológica de tuberculose e Aids, e indicadores operacionais do Programa Nacional de Controle de Tuberculose, período de 2001 a 2003. A distribuição foi estratificada nas regiões metropolitanas e municípios prioritários, segundo o tamanho da população. A associação entre clusters de morbidade e desempenho foi avaliada pelo qui-quadrado, com análise de resíduos para identificar associações significantes. RESULTADOS: Dos cinco clusters de morbidade, a situação epidemiológica preocupante ocorre nos municípios com alta incidência de Aids, com alta ou baixa incidência de tuberculose, predominantes no Sudeste e Sul do Brasil, e nos grandes municípios. Dos seis clusters de desempenho do programa, desempenhos moderado e regular estão significantemente associados aos municípios prioritários, de regiões metropolitanas e com mais de 80 mil habitantes. Clusters regular e fraco concentram 10% dos municípios com abandono de tratamento elevado e baixa taxa de cura. O cluster "sem dados" está associado ao cluster de incidência muito baixa de tuberculose e Aids. CONCLUSÕES: Os achados refletem inadequação da vigilância à realidade epidemiológica do Brasil: precários fatores sociais associados à tuberculose e Aids e desempenho insuficiente do programa de controle.Downloads
Publicado
2007-09-01
Edição
Seção
Artigos Originais
Como Citar
Gonçalves, M. J. F., & Penna, M. L. F. (2007). Morbidade por tuberculose e desempenho do programa de controle em municípios brasileiros, 2001-2003 . Revista De Saúde Pública, 41(suppl.1), 95-102. https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000800013