Autopercepção da saúde bucal entre idosos brasileiros

Autores

  • Andréa Maria Eleutério de Barros Lima Martins Universidade Estadual de Montes Claros; Faculdade de Odontologia; Departamento de Odontologia
  • Sandhi Maria Barreto Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social
  • Marise Fagundes da Silveira Unimontes; Faculdade de Matemática; Departamento de Matemática
  • Thalita Thyrza de Almeida Santa-Rosa Universidade Estadual de Montes Claros; Faculdade de Odontologia; Departamento de Odontologia
  • Rodrigo Dantas Pereira Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000028

Palavras-chave:

Idoso, Autoavaliação^i1^sPsicolo, Perda de Dente, Mastigação, Saúde Bucal, Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde

Resumo

OBJETIVO: Identificar os fatores associados à autopercepção da saúde bucal entre idosos brasileiros. MÉTODOS: Utilizaram-se dados do Projeto SB Brasil, realizado em 20022003. Foi examinada e entrevistada amostra probabilística de 5.349 idosos de 65 a 74 anos agrupados em dentados e edentados. A variável dependente foi autopercepção da condição de saúde bucal e as independentes foram: local de moradia, características individuais, comportamentos relacionados à saúde, condições objetivas de saúde e condições subjetivas relacionadas à saúde. Foram conduzidas análises descritivas e análises de regressão linear múltipla hierárquica. RESULTADOS: Nos dois grupos a autopercepção da saúde bucal foi considerada positiva, apesar das precárias condições de saúde bucal entre os idosos. No modelo final, o local de moradia e as características individuais pouco contribuíram para explicar a variabilidade da autopercepção. Entre dentados, o uso de serviços odontológicos esteve associado ao desfecho, e as condições objetivas e subjetivas se mostraram associadas nos dois grupos. Entre dentados e edentados, o R² para o ambiente externo foi de 0,00; com o acréscimo das características individuais, respectivamente, 0,05 e 0,02; incluindo o comportamento relacionado à saúde, 0,06 e 0,03; acrescentando as condições objetivas de saúde, 0,11 e 0,04; adicionando as condições subjetivas relacionadas à saúde foram 0,50 e 0,43. Foi possível explicar 50% da variabilidade da autopercepção entre dentados e 43% entre edentados. CONCLUSÕES: Os principais fatores associados à autopercepção da saúde bucal como positiva nos dois grupos foram a autopercepção da aparência como ótima seguida pela autopercepção da mastigação como positiva. O terceiro fator associado, entre dentados, foi o relato de nenhuma necessidade de tratamento odontológico e, entre edentados, a autopercepção da fala.

Publicado

2010-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Martins, A. M. E. de B. L., Barreto, S. M., Silveira, M. F. da, Santa-Rosa, T. T. de A., & Pereira, R. D. (2010). Autopercepção da saúde bucal entre idosos brasileiros . Revista De Saúde Pública, 44(5), 912-922. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000028