Epidemiologia do uso de medicamentos entre idosos em area urbana do Nordeste do Brasil

Autores

  • Sabrina Joany Felizardo Neves Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Nutricao
  • Ana Paula de Oliveira Marques Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciencias da Saude; Departamento de Medicina Social
  • Marcia Carrera Campos Leal Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciencias da Saude; Departamento de Medicina Social
  • Alcides da Silva Diniz Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciencias da Saude; Departamento de Nutricao
  • Tiberio Silva Medeiros Universidade Federal de Alagoas; Instituto de Ciencia Biologicas e da Saude
  • Ilma Kruze Grande de Arruda Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciencias da Saude; Departamento de Nutricao

DOI:

https://doi.org/10.1590/rsp.v47i4.76608

Resumo

OBJETIVO Analisar o uso de medicamentos entre idosos e os fatores associados. MÉTODOS Estudo transversal com 400 indivíduos maiores de 60 anos residentes na área de abrangência da Estratégia Saúde da Família, em Recife, PE, em 2009. Os indivíduos foram selecionados por amostra probabilística sistemática, com coleta de dados de base domiciliar. Foram avaliadas variáveis socioeconômicas e demográficas, estilo de vida, condições de saúde e nutricionais. A variável independente foi uso de medicamentos. O diagrama analítico envolveu análises estatísticas uni e multivariadas. RESULTADOS A prevalência de uso de medicamentos foi de 85,5%. A polifarmácia (>; 5 medicamentos) ocorreu em 11% dos casos. Dos 951 medicamentos relatados, 98,2% foram por prescrição médica e 21,6% foram considerados inseguros para idosos. Os medicamentos de uso nos sistemas cardiovascular (42,9%), nervoso central (20,2%), digestório e no metabolismo orgânico (17,3%) foram os mais utilizados. O uso de polifarmácia associou-se à escolaridade (p = 0,008), à saúde autorreferida (p = 0,012), à doença crônica autorreferida (p = 0,000) e ao número de consultas médicas ao ano (0,000). CONCLUSÕES A proporção de uso de medicamentos é elevada entre idosos, inclusive daqueles considerados inadequados, e há desigualdades entre grupos de idosos quando se considera escolaridade, quantidade de consultas médicas e saúde autorreferida.

Publicado

2013-08-01

Edição

Seção

Prática de Saúde Pública

Como Citar

Neves, S. J. F., Marques, A. P. de O., Leal, M. C. C., Diniz, A. da S., Medeiros, T. S., & Arruda, I. K. G. de. (2013). Epidemiologia do uso de medicamentos entre idosos em area urbana do Nordeste do Brasil. Revista De Saúde Pública, 47(4), 759-768. https://doi.org/10.1590/rsp.v47i4.76608