O reconhecimento do guia de turismo e as pesquisas sobre essa atividade profissional nas revistas científicas brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v31i1p77-95Palavras-chave:
Guia de turismo, Serviço de guia, Pesquisa, BrasilResumo
O guia de turismo é o profissional que atua para proporcionar, ao turista, experiências de qualidade em suas viagens, além de contribuir para a preservação da identidade e dos valores do destino. O objetivo deste artigo é investigar as publicações sobre guias de turismo nas revistas acadêmicas brasileiras da área. Verificam-se os enfoques dos artigos e a relação entre o reconhecimento da atividade e a presença do tema nas publicações. Por meio da revisão sistemática da literatura, identificaram-se 22 publicações sobre a atividade profissional, em revistas científicas nacionais. As análises mostram uma recente rede dos autores que publicaram sobre a temática. Nota-se que a primeira publicação sobre o assunto é datada de 1999, embora, a regulamentação da profissão tenha sido em 1993. Elaborou-se uma nuvem com as palavras-chave, utilizadas nos artigos, considerando os autores e as referências. Constatou-se a existência de obras fundamentais para as pesquisas sobre a temática e de enfoque das pesquisas. Apesar da relevância da profissão, verificou-se que as publicações sobre a temática são recentes, e o grupo de pesquisadores é restrito, o que representa possibilidades significativas de produção científica na área.
Downloads
Referências
Abreu, C. V. (2015). O desenvolvimento de competências na formação de guias de turismo a partir da percepção de profissionais formados no Rio Grande do Sul. Revista Turismo - Estudos e Práticas, 4(1), 6–27.
Algemiro, M., & Rejowski, M. (2015). Formação técnica e superior em turismo e hospitalidade no Rio de Janeiro. Revista de Turismo Contemporâneo, 3(2), 318–338.
Andrade, C. O. de P., Carvalho, R. de C. R., Godinho, R. F., & Magri, R. A. F. (2016). Elaboração e aplicação de uma rota de trekking em uma área do Parque Nacional da Serra da Canastra. Revista Brasileira de Ecoturismo, 9(2), 285–307.
Andrade, T. C., Souza, T. do V. S. B., & Cunha, A. de A. (2020). A Estruturação do Rol de Oportunidades de Visitação no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO). Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), 13(2), 365–392. https://doi.org/10.34024/rbecotur.2020.v13.10227
Ap, J., & Wong, K. K. F. (2001). Case study on tour guiding : professionalism , issues and problems. Tourism Management, 22, 551–563.
Barbosa, G. F. (2015). A Favela Santa Marta e seus guias de turismo: identidade, mobilização e conflito. Revista Iberoamericana de Turismo, 5, 169–179.
Brasil. Lei no 8.623, de 28 de janeiro de 1993. (1993). Brasília.
Brasil. Deliberação Normativa no 427, de 04 de outubro de 2001. (2001). Brasília - DF.
Brasil. Portaria do Ministério do Turismo no 130, de 26 de julho de 2011 (2011). Brasil.
Brasil. Portaria do Ministério do Turismo no 27, de 30 de janeiro de 2014. (2014). Brasília.
Brasil, M. do T. ([s.d.]). Cadastur. Recuperado 22 de maio de 2020, de https://cadastur.turismo.gov.br
Canini, I. S. S. (1999). Guia de turismo: o mérito da profissão. Revista Turismo em Análise, 10(1), 92–106.
Cardoso, R. E. R., & Guzman, S. J. M. (2011). Guia de turismo: qualificação, legalização e penalização das infrações e irregularidade no exercício da profissão. Revista Âmbito Jurídico, 93.
Chilembwe, J. M., & Mweiwa, V. (2014). Tour Guides: Are They Tourism Promoters and Developers? Case Study of Melawi. IMPACT: International Journal of Research in Business Management, 2(9), 29–46.
Chimenti, S., & Tavares, A. M. (2007). Guia de Turismo: o profissional e a profissão. São Paulo: Senac São Paulo.
Cruz, R. de C. A. da. (2020). Ensaio sobre a relação entre desenvolvimento geográfico desigual e regionalização do espaço brasileiro. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), 24(1), 27–50. https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2020.155571
Feray İRİGÜLER, & GÜLER, M. E. (2016). Tourist Guiding : " Cinderella " of the Tourism Chapter 15 Tourist Guiding : “ Cinderella ” of the Tourism, (November).
Filho, J. (2004). Será 2004 o ano de regulamentação da profissão de turismólogo? Revista Turismo.
Holloway, J. C. (1981). The Guide Tour: A Sociological Approach. Annals of Tourism Research, 8(3), 377–402.
Julião, D., Cortês, F., Lohman, J., & Costa, T. (2009). A influência das leis trabalhistas brasileiras na relação capital / trabalho dos guias de turismo. Revista Acadêmica Observatório de Inovação do Turismo, IV(3), 1–20.
Leme, F. B. M. (2010). Guias de turismo de Salvador: Olhares sobre a profissão e reflexões sobre o papel do guia como sujeito na cidade. Revista de Cultura e Turismo, 4(2), 19–37.
Lin, Y.-C., Lin, M.-L., & Chen, Y.-C. (2017). How Tour Guides’ Professional Competencies Influence on Service Quality of Tour Guiding and Tourist Satisfaction: An Exploratory Research. International Journal of Human Resource Studies, 7(1), 1–19. https://doi.org/10.5296/ijhrs.v7i1.10602
Lopes, M. M., & Matos, A. C. De. (2015). O que visitar em paris durante a exposição universal de 1878: um guia turístico para geólogos. Revista Iberoamericana de Turismo, 48–62.
Louzeiro, F. O. da S. (2019). Experimentando o conhecimento: o Turismo Pedagógico como ferramenta para o Ensino Profissional. Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), 12(1), 55–66. https://doi.org/10.34024/rbecotur.2019.v12.6582
Mak, A. H. N., Wong, K. K. F., & Chang, R. C. Y. (2011). Critical issues affecting the service quality and professionalism of the tour guides in Hong Kong and Macau. Tourism Management, 32(6), 1442–1452. https://doi.org/10.1016/j.tourman.2011.01.003
Mariani, M. A. P., Arruda, D. D. O., & Malta, M. C. M. (2015). Dinâmicas do processo de governança e coordenação dos agentes que compõem um destino de turismo sustentável , no Centro-Oeste brasileiro. Revista Brasileira de Ecoturismo, 8(2), 307–332.
Medeiros, J. L. De, Nascimento, M. A. L. do, & Perinotto, A. R. C. (2017). Práticas turísticas por meio da análise da dimensão ambiental em geossítios do Projeto Geoparque Seridó ( RN ). Revista Brasileira de Ecoturismo, 10(3), 552–578.
Meira, C. M. De, Kushano, E. S., & Hintze, H. C. (2018). Apontamentos históricos sobre a profissão do guia de turismo. Revista de Turismo Contemporâneo, 6(1), 1–19.
Nascimento, A., Silva, L. F. da, & Grechi, D. C. (2014). A atuação do guia de turismo em Mato Grosso do Sul : diagnóstico , aspectos conceituais e perspectivas para o segmento. Revista Hospitalidade, XI(1), 23–44.
Nascimento, M. A. L. do, Gomes, C. S. C. D., & Brito, A. dos S. S. de. (2015). Geoparque como forma de gestão territorial interdisciplinar apoiada no geoturismo: o caso do Projeto Geoparque Seridó. Revista Brasileira de Ecoturismo, 8(2), 347–364.
Neves, C. R. F., & Costa, V. C. da. (2019). Avaliação Preliminar de Risco (APR) em atividades ecoturísticas na trilha do Pico da Tijuca, Parque Nacional da Tijuca (RJ). Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), 12(5), 685–701. https://doi.org/10.34024/rbecotur.2019.v12.9405
Oliveira, M. D. de, & Silva, L. F. da. (2014). Estratégias Para O Fortalecimento Do Geoturismo No Atrativo Turístico Gruta Do Lago Azul, Bonito (Ms). Revista Turismo - Visão e Ação, 16(3), 629–655. https://doi.org/10.14210/rtva.v16n3.p629
Pazini, R., Braga, D. C., & Gândara, J. M. G. (2017). A importância do guia de turismo na experiência turística: da teoria à prática das agências de receptivo de Curitiba-PR. Caderno Virtual de Turismo, 17(2), 162–182.
Pazini, R., & Gândara, J. M. G. (2016). Os Produtos Turísticos de Curitiba, PR, Brasil na Perspectiva de Gestores de Agências de Turismo Receptivo. Revista Turismo em Análise, 27(3), 568–595. https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v27i3p568-595
Picazo, C. (1996). Asistencia y guía a grupos turísticos. Madrid: Editorial Síntesis.
Rabelo, M. T. O., Arts, K. A. J., Girard, P., Ioris, A. A. R., & Figueiredo, D. M. de. (2017). Percepção dos atores sociais do turismo sobre o pulso de inundação do Pantanal (Mt). Revista Brasileira de Ecoturismo, 10(3), 708–736.
Rabotic, B. (2010). PROFESSIONAL TOURIST GUIDING : THE IMPORTANCE OF INTERPRETATION FOR TOURIST EXPERIENCES. In 20th Biennial International Congress: New Trends in Tourism and Hotel Management.
Santos, G. E. de O., Vassallo, M. D., & Rabahy, W. A. (2009). Determinantes do valor percebido e da intenção de retorno no turismo receptor brasileiro. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 3(3), 34–56. https://doi.org/10.7784/rbtur.v3i3.206
Soares, M. H. A., Ardigó, C. M., & Melo Filho, M. E. S. de. (2017). Análise da Qualidade do Serviço: um estudo entre a percepção do cliente e do guia em roteiros regionais do SESC - Santa Catarina, Brasil. Revista Turismo em Análise, 28(3), 492–512.
Trigo, L. G. G. (2015). Regulamentação profissional em turismo: um erro histórico. Revista Turismo - Estudos e Práticas (Notas livres), 4(2), 97–106.
Valle, I. A. De. (2004). A profissão de guia de turismo: conhecendo o passado e o presente para projetar o futuro. Universidade Estadual de Santa Cruz e Universidade Federal da Bahia.
Veal, A. J. (2011). Metodologia de Pesquisa em Lazer e Turismo. São Paulo: Aleph.
Zettermann, G. D., & Vergara, L. G. L. (2017). O guia de turismo: uma abordagem legal sobre uma profissão no brasil. Revista Turismo - Visão e Ação, 19(1), 185–215.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Bianca Paes dos Santos, Edegar Luís Tomazzoni

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International (CC BY-NC-SA 4.0), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial na RTA.
1. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International que só permite uso não comercial e compartilhamento pela mesma licença, com sujeição do texto às normas de padronização adotada pela RTA.
2. A Revista pode solicitar transferência de direitos autorais, permitindo uso do trabalho para fins não-comerciais, incluindo o direito de enviar o trabalho a bases de dados de acesso livre ou pagos, sem a obrigação de repasse dos valores cobrados dos usuários aos autores.
3. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
4. A revista Turismo em Análise não cobra nada de seus autores para submissão ou publicação.