Reflexões sobre a relação entre trabalho e saúde e as propostas de intervenção em Terapia Ocupacional*
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.rto.1990.224317Resumo
A relação entre saúde e trabalho é importante fator na determinação de quem está ou não apto a permanecer no mercado de trabalho. No capitalismo, o processo de produção é alterado constantemente pela tecnologia e pela organização do processo de trabalho. A separação entre a execução e elaboração do trabalho predominam na proposta taylorísta de produção. O trabalho parcelado e controlado, principalmente pelo uso de máquinas, e a existência de turnos de trabalho determinam um ritmo de trabalho exterior aos trabalhadores, criando condições para que estes sejam vulneráveis a distúrbios de ordem física e mental. Os terapeutas ocupacionais têm responsabilidade no atendimento de parcela da população considerada carente, desviante, marginalizada ou deficiente; que assim é definida principalmente pelo fato de não ter acesso à vida independente através do trabalho ou por tê-lo perdido em algum momento. Observamos, na literatura da área e nas intervenções em habilitação e reabilitação profissional de algumas instituições, que a visão de trabalho é aquela predominante na vida social. São empregados o trabalho artesanat (desqualificado socialmente) ou então o trabalho abrigado em oficinas que repetem a proposta taylorísta de produção, sem qualquer restrição, utilizando-se da falta de condições físicas ou mentais dessas pessoas como argumentos técnico-científicos que justificam esse uso. É importante criar formas de intervenção alternativas a esse modelo.
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