“O autor como produtor” na era da “estetização da política”
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-4765.rus.2021.188085Palabras clave:
Estetização da política, politização da arte, Arte da vanguarda russaResumen
Trechos da correspondência de Walter Benjamin registram que a publicação de “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” na Rússia apresentava-se, para ele, como uma tarefa de primeira ordem. Em abril de 1936, Benjamin confessou a Kitty Marx- Stenchnerider suas expectativas e pessimismo frente a desejada publicação: “A avaliar por essas reações, quase teria razões para concluir que o trabalho terá a menor repercussão no lugar que deveria ser naturalmente o seu, na Rússia”. Quais seriam as motivações da expectativa benjaminiana? Porque a Rússia seria o destino ou o lugar “natural” de “A Obra de Arte...”? Como explicar seu pessimismo? O presente artigo discute o caráter político e militante do ensaio em questão, bem como sua articulação com o debate russo, na contracorrente da estetização da política stalinista e em direção “à formulação de exigências revolucionárias” da arte.
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