O retorno de Khulekani Khumalo, cativo de zumbis: impostura, lei, e paradoxos da noção de pessoa na África do Sul pós-colonial
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2014.90737Palavras-chave:
pós-colonialismo, pessoa, identidade, falso duploResumo
O que poderiam impostores nos dizer sobre a noção de pessoa em tempos “pós-coloniais”? O que a impostura nos diz sobre os meios de produzir individualidade, identidade, viabilidade social? Se a figura do falso duplo há tempos assombra noções ocidentais de pessoa, em tempos de Modernidade tardia imposturas de diversos tipos se tornam cada vez mais intrigantes. Na África do Sul pós- apartheid, onde sequestro de identidade, plágio, falsificação, ou mesmo crimes falsos acontecem cotidianamente, a impostura é especialmente comum. Discutindo um célebre caso nacional – o alegado “retorno” de um famoso músico Zulu que havia morrido três anos antes – esse artigo explora o que tais atos de impostura podem nos dizer sobre autoconstrução pós-colonial, sobre a noção de pessoa sob condições sociais contemporâneas, e sobre as dificuldades criadas por tudo isso para a Lei, a evidência, e o sentido de reconhecimento.
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