Em torno da ilusão

Autores

  • Eduardo Escorel FGV

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2015.97357

Palavras-chave:

documentário, ilusão, realidade, interação, ética

Resumo

Conjecturas sobre ilusão e realidade, tentando entender como a linguagem do cinema, baseada na ilusão do movimento e nos artifícios da montagem, pôde ser considerada capaz de reproduzir a realidade ou mesmo de dar impressão de realidade. O impulso do documentarista contradiz a dificuldade que temos de agir em função do que observamos. Paradoxos se acumulam e exacerbam quando a magia da imagem em movimento é associada ao seu valor de testemunho ou documental. A partir do reconhecimento do carárter intrinsecamente ilusório da linguagem cinematográfica, a interseção entre ficção e documentário se amplia, levando ao um cinema baseado na interação, no qual o compromisso ético do documentarista passa a ocupar lugar central.

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Biografia do Autor

  • Eduardo Escorel, FGV
    EDUARDO ESCOREL é cineasta. Dirige documentários e filmes de ficção, desde 1966. É autor de Adivinhadores de água – pensando no cinema brasileiro. Coordena o curso de especialização em cinema documentário da Fundação Getúlio Vargas e escreve no blog Questões cinematográficas da revista piauí.

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Publicado

08/07/2015

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Escorel, E. (2015). Em torno da ilusão. Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 42(43), 194-211. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2015.97357