O corpo e a voz no cinema contemporâneo: reflexões sobre o filme Ela (Her, 2013), de Spike Jonze
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2016.120992Palavras-chave:
cinema contemporâneo, voz, corpo, JonzeResumo
A partir de um diálogo entre as teorias do dispositivo cinematográfico e a psicanálise, propomos pensar as antinomias corpo/voz; visível/invisível; homem/máquina no filme Her (Ela, 2013), de Spike Jonze. Buscaremos investigar a correspondência entre corpo e voz na obra, ao problematizarmos a presença da voz e a ausência do corpo de Samantha no campo filmado. Uma nova dialética entre o visível e o invisível se estabelece em Her, fazendo com que imagem e voz funcionem sob outra economia. Interessa-nos, enfim, considerar a oposição homem/máquina no filme de Jonze, cujas fronteiras se indeterminam e se confundem, uma vez que amar deixa de ser uma capacidade exclusivamente humana.
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