Correlations between the legal-political and theoretical-conceptual dimensions related to the notion of abstinence

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1806-6976.smad.2024.214322

Keywords:

Psychoative Drugs, Psychosocial Care, Public Health, Mental Health

Abstract

Objective: to analyze the concept of abstinence (theoretical-conceptual dimension) presented in documents from the Ministry of Health (legal-political dimension), namely, the Comprehensive Care Policy for Users of Alcohol and other Drugs launched by the Ministry of Health and Ordinance No. 3088, from 2011, which establishes the Psychosocial Care Network, thus distinguishing the different meanings that this concept has acquired. Methodology: qualitative research in which the analysis of the concept is permeated by Document Analysis, a qualitative research method. Results: three meanings related to the concept of abstinence were found based on the analysis carried out in the chosen documents: (1) purpose of the treatment;(2) possibility of treatment; (3) clinical condition. Conclusion: the concept of abstinence, present in documents guided by the harm reduction policy, has meanings that not only are not opposed to such policy, but reaffirm it. However, it is possible that this concept gets twisted and ends up being used to validate therapeutic plans based on the prohibitionist approach, promoting the ambiguity that crosses the field of health care for users of alcohol and other drugs.

Downloads

Download data is not yet available.

References

Amarante P. Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2007.

Cézar MA, Melo W. Centro de Atenção Psicossocial e território: espaço humano, comunicação e interdisciplinaridade. Hist Ciênc Saúde Manguinhos. 2018;25(1):127-42. https://doi.org/10.1590/S0104-59702018000100008.

Melo W. Nise da Silveira, Fernando Diniz e Leon Hirszman: política, sociedade e arte. Psicol USP. 2010;21(3):633-52. https://doi.org/10.1590/S0103-65642010000300011.

Melo W. Nise da Silveira, Antonin Artaud e Rubens Corrêa: fronteiras da arte e da saúde mental. Gerais Rev Interinst Psicol [Internet]. 2010 [cited 2023 Aug 14];2(2):182-91. Available from: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/gerais/v2n2/v2n2a13.pdf .

Melo W. O efeito dominó: a relação entre a obra de Nise da Silveira e a arte concreta no Brasil. In: Melo W, Ferreira AP. A Sabedoria que a Gente Não Sabe [Internet]. Rio de Janeiro: Espaço Artaud; 2011 [cited 2023 Aug 14];79-94. Available from: https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/ppgpsi/Livro%20Sabedoria%20Walter.pdf.

Brasil. Lei nº 10216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial da União [Internet]. 2001 Apr 09 [cited 2021 Sept 09]; 138 (seção 1):2. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html .

Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 336, de 19 de fevereiro de 2002. Estabelece que os Centros de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas seguintes modalidades de serviços: CAPS I, CAPS II e CAPS III, definidos por ordem crescente de porte/complexidade e abrangência populacional, conforme disposto nesta Portaria [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. [cited 2021 Sep 09]. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0336_19_02_2002.html.

Brasil. Lei nº10.708, de 31 de julho de 2003. Institui o auxílio-reabilitação para pacientes acometidos de transtornos mentais egressos de internações. Diário Oficial da União [Internet]. 2003 Aug 01 [cited 2021 Sep 09];147(seção 1):37-8. Available from: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.708.htm.

Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2011 [cited 2021 Sep 09]. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html.

Sanches LR, Dalla Vecchia M. Reabilitação psicossocial e reinserção social de usuários de drogas: revisão de literatura. Psicol Soc. 2018;30:1-10. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30178335.

Santos M. Da Totalidade ao Lugar: São Paulo: EdUSP; 2005.

Bissacotti AP, Gules AM, Blümke AC. Territorialização em saúde: conceitos, etapas e estratégias de identificação. Hygeia. 2019; 15(32):41-53. https://doi.org/10.14393/Hygeia153247115.

Faria RM, Bortolozzi A. Espaço, território e saúde: contribuições de Milton Santos para o tema da geografia da saúde no Brasil. Raega. 2009;17:31-41. https://doi.org/10.5380/raega.v17i0.11995.

Machado LV, Boarini ML. Política sobre drogas no Brasil: a estratégia de redução de danos. Psicol Cienc Prof. 2013;33(3):580-95. https://doi.org/10.1590/S1414-98932013000300006.

Brasil. Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União [Internet]. 1990 Sep 20 [cited 2021 Sep 09]. Available from: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm.

Ministério da Saúde (BR). A Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras drogas. Brasília: Ministério da Saúde; 2003.

César EAF, Rodrigues LB. Os CAPS ad, as comunidades terapêuticas e o “usuário de drogas: polêmicas e paradoxos. Rev Cor Letras. 2013;14(1):209-20. https://doi.org/10.13102/cl.v14i1.1459.

Marques ACPR. O uso de álcool e a evolução do conceito de dependência de álcool e outras drogas e tratamento. Rev IMESC [Internet]. 2001 [cited 2023 Aug 14];(3):77-86. Available from: http://www.tratamentodrogas.curitiba.br/wp-content/uploads/2016/01/O-uso-do-alcool-e-a-evolucao-do-conceito-de-dependencia.pdf.

Carneiro H. Autonomia ou heteronomia nos estados alterados de consciência. In: Labate BC, Goulart S, Fiore M, Macrae E, Carneiro H, organizators. Drogas e cultura: novas perspectivas [Internet]. Salvador: Editora da UFBA; 2008 [cited 2023 Aug 14]. p. 65-90. Available from: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ufba/192/1/Drogas%20e%20Cultura.pdf.

Mota L. Dependência química e representações sociais: pecado, crime ou doença? Curitiba: Juruá; 2009.

Ribeiro M, Perrenoud LO, Duailibi LB, Madruga C, Marques ACPR, Laranjeiras R. Política de drogas no Brasil: uma abordagem de saúde pública baseada em pesquisas realizadas em um país em desenvolvimento. Public Health Rev [Internet]. 2014 [cited 2023 Aug 14];35(2):1-56. Available from: https//www.uniad.org.br/wp-content/uploads/2014/11/pdf_Ribeiro-et-al-Brazilian-Drug-Policy-port-Public-Health-Reviews-2014.pdf.

Pratta EMM, Santos MA. O processo saúde-doença e a dependência química: interfaces e evolução. Psicol Teor Pesqui. 2009; 25(2):203-11. https://doi.org/10.1590/S0102-37722009000200008.

Lima ED Junior, Oliveira GS, Santos, ACO, Schnekenberg GF. Análise Documental como percurso metodológico na pesquisa qualitativa. Cad Fucamp [Internet]. 2021 [cited 2023 Aug 14];20(44):36-51. Available from: https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/cadernos/article/view/2356/1451.

Brasil. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil [Internet]. Brasília, DF: Senado Federal; 2016 [cited 2023 Sept 22]. 496 p. Available from:https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf.

Paim JS. O que é o SUS. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2009. https://doi.org/10.7476/9788575413425.

Silveira PS, Martins LF, Soares RG, Gomide HP, Ronzani TM. Revisão sistemática da literatura sobre estigma social e alcoolismo. Estud Psicol. 2011;16(2):131-8. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2011000200003.

Petuco D. As três ondas da Redução de Danos no Brasil. Bol Inst Saúde. 2020;21(2):94-103. https://doi.org/10.52753/bis.2020.v21.34622%20.

Baeta SR, Melo W. O apoio matricial e suas relações com a teoria da complexidade. Cienc Saude Colet. 2020;25(6):2289-95. https://doi.org/10.1590/1413-81232020256.19912018.

Passos EH, Souza TP. Redução de danos e saúde pública: construções alternativas à política global de “guerra às drogas”. Psicol Soc. 2011;23(1):154-62. https://doi.org/10.1590/S0102-71822011000100017.

Gomes-Medeiros D, Faria PH, Campos GWS, Tófoli LF. Drug policy and Collective Health: necessary dialogues. Cad Saude Publica. 2019;35(7):1-14. https://doi.org/10.1590/0102-311X00242618.

Fiore M. O lugar do Estado na questão das drogas: o paradigma proibicionista e as alternativas. Novos Estud CEBRAP. 2012:9-21. https://doi.org/10.1590/S0101-33002012000100002.

Moreira FG, Silveira DX, Andreoli SB. Redução de danos do uso indevido de drogas no contexto da escola promotora de saúde. Cienc Saude Colet. 2006;11(3):807-16. https://doi.org/10.1590/S1413-81232006000300028.

Alves VS. Modelos de atenção à saúde de usuários de álcool e outras drogas. Cad Saude Publica. 2009;25(11):2309-19. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009001100002.

Braga MC. Representações sociais de profissionais da saúde e familiares de usuários de álcool e/ou outras drogas sobre o uso de drogas, seus atores e intervenções [Thesis]. São João del-Rei: Universidade Federal de São João del-Rei; 2021 [cited 2023 Aug 14]. Available from: https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/ppgpsi/DISSERTACAO%20MATHEUS%20FINAL.pdf.

Campos MA, Siqueira DJR. Redução de danos e terapias de substituição em debate: contribuição da Associação Brasileira de Redutores de Danos. J Bras Psiquiatr [Internet] 2003 [cited 2023 Aug 14];52(5):387-93. Available from: https://site.mppr.mp.br/sites/hotsites/arquivos_restritos/files/migrados/File/Projeto_Semear/Temas_Revelantes/Reducao_de_danos_e_terapias_de_substituicao_em_debate_contribuicao.pdf.

Amaral RA, Malbergier A, Andrade AG. Management of patients with substance use illnesses in psychiatric emergency department. Rev Bras Psiquiatr. 2010;32(Suplemento II):104-11. https://doi.org/10.1590/S1516-44462010000600007.

Fonsêca CJB. Conhecendo a redução de danos enquanto uma proposta ética. Psicol Saberes [Internet] 2012 [cited 2023 Aug 14];1(1):11-36. Available from: https://conselheiros6.nute.ufsc.br/ebook/medias/pdf/redua%C3%A7%C3%A3o%20de%20danos%20uma%20proposta%20%C3%A9tica.compressed.pdf.

Santos VE, Soares CB, Campos, CMS. Redução de danos: análise das concepções que orientam as práticas no Brasil. Physis (Rio J). 2010;20(3):995-1015. https://doi.org/10.1590/S0103-73312010000300016.

Souza TP, Carvalho SR. Reduzindo danos e ampliando a clínica: desafios para a garantia do acesso universal e confrontos com a internação compulsória. Polis Psique. 2012;2(Sp Iss):37-58. https://doi.org/10.22456/2238-152X.40319.

Costa EF. Consultório na rua: construindo uma clínica ampliada com a população em situação de rua e usuários de álcool, crack e outras drogas. REASE. 2023;9(2):1308-29. https://doi.org/10.51891/rease.v9i2.8624.

Fossi LB, Guareschi NMF. O modelo de tratamento das comunidades terapêuticas: práticas confessionais na conformação dos sujeitos. Estud Pesqui Psicol. 2015;15(1):94-115. https://doi.org/10.12957/epp.2015.16062.

Bolonheis-Ramos RCM, Boarini ML. Comunidades terapêuticas: “novas perspectivas” e propostas higienistas. Hist Cien Saude Manguinhos. 2015;22(4):1231-48. https://doi.org/10.1590/S0104-59702015000400005.

Conselho Federal de Psicologia. Relatório da Inspeção Nacional em Comunidades Terapêuticas. Brasília: CFP; 2017.

Sommer M. As comunidades terapêuticas – história, evolução e a modernidade no tratamento das dependências químicas. Psique (Belo Horizonte) [Internet]. 2011 [cited 2023 Aug 14];(7):135-66. Available from: https://cip.autonoma.pt/wp-content/uploads/2020/11/As-comunidades-terapeuticas-Historia-evolucao-e-a-modernidade-no-tratamento-das-dependencias-quimicas.pdf.

Brandão B, Carvalho J. Comunidade Terapêutica democrática ou nova racionalização de operação do poder psiquiátrico: referências históricas de sua emergência. Rev Ingesta. 2019;1(1):268-82. https://doi.org/10.11606/issn.2596-3147.v1i1p268-282.

Published

2024-05-20

How to Cite

Braga, M. C., Melo Junior, W., & Melo, S. R. B. (2024). Correlations between the legal-political and theoretical-conceptual dimensions related to the notion of abstinence. SMAD Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool E Drogas (Edição Em Português), 20, e-214322. https://doi.org/10.11606/issn.1806-6976.smad.2024.214322