O conceito de comunidade discursiva e as convergências com a Terminologia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v34i0p81-105Parole chiave:
Gêneros textuais, Terminologia, Comunidades discursivasAbstract
Partindo do conceito de comunidade discursiva, desenvolvido por Swales (1990), incorporado nos estudos voltados para a Terminologia, Lexicografia e linguagens de especialidade, o objetivo deste trabalho é verificar a ocorrência do conceito da referida comunidade e sua influência em investigações de Terminologia. Para tanto, foi realizada uma pesquisa nas bases de dados internacionais Web of Science e Library & Information Science Abstracts (LISA) e nas bases de dados nacionais BDTD e BRAPCI, cujos resultados recuperados foram analisados individualmente. A análise dos artigos revelou que os elementos das comunidades discursivas, apontadas por Swales, correspondem às considerações tecidas pelos autores e são utilizados nos estudos terminológicos aqui relacionados. Nos trabalhos produzidos no Brasil, o autor é bastante relevante, sendo a base direta e indireta nas pesquisas; nos artigos internacionais, os conceitos se aproximam do ponto de vista de Swales, porém, este estudioso não é citado diretamente como referência. Dessa forma, desenvolve-se uma discussão relacionando as características de comunidade discursiva no que tange aos apontamentos encontrados nos artigos, teses e dissertações. Por fim, considera que o estudo das teorias conexas aos gêneros textuais e discursivos necessita compor a pauta das investigações voltadas à Terminologia, uma vez que o campo dos dicionários e ferramentas que representam os léxicos especializados são recortes de estruturas profissionais que compartilham consenso e objetivos comuns, assim como formas próprias de comunicação entre os pares (incluindo gêneros e léxico específicos), onde o domínio de conteúdo relevante e a experiência discursiva são fatores de diferenciação entre os próprios membros, sendo, portanto, as linguagens de especialidade uma das características das comunidades discursivas.
Downloads
Riferimenti bibliografici
BAZERMAN, C. Gênero, agência e escrita. São Paulo: Cortez, 2006.
BAZERMAN, C. Gêneros textuais, tipificação e interação.2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
BAZERMAN, C. Systems of genre and the enactment of social intentions. In: Freedman & Medway. Rethinking genre. London: Taylor &Francis, 1994. p. 79-101.
BHATHIA, V. K. Análise de gêneros hoje. Revista de Letras, Fortaleza, n. 23, v. 1/2, jan/dez. 2001. p. 102-115. Trad. Benedito G. Bezerra.
BIASI-RODRIGUES, B.; BEZERRA, B. G. Propósito comunicativo em análise de gêneros. Linguagem em (Dis)curso, Tubarão – SC, v. 12, n. 1, p. 231-249, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ld/v12n1/v12n1a11. Acesso em: 18 fev. 2019.
CABRÉ, M. T. La terminologia hoy: concepciones, tendencias y aplicaciones. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 24, n. 3, 1995. Disponível em: http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/567. Acesso em: 22 fev. 2019.
CARVALHO, N. M. A terminologia técnico-científica: aspectos linguísticos e metodológicos. Recife: EdUFPE, 1992.
CATUNDA, E. L. Um Estudo do Gênero Jurídico Acórdão. 2004. 121 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Departamento de Letras Vernáculas, Universidade Federal do Ceará, 2004.
DEVITT, A.; BASTIAN, H. Algumas ideias para ensinar novos gêneros a partir de velhos gêneros. In: DIONÍSIO, A. P.; CAVALCANTI, L. P. (Org.). Gêneros na linguística e na literatura: Charles Bazerman: 10 anos de incentivo à pesquisa no Brasil. Recife: Ed. Universitária da UFPE/Pipa Comunicação, 2015. p. 97-121.
HJØRLAND, B. Information seeking and subject representation: an activity-theoretical approach to Information Science. New York: Greenwood Press, 1997.
LARA, M. L. G. Informação, informatividade e linguística documentária: alguns paralelos com as reflexões de Hjorland e Capurro. DataGramaZero, João Pessoa, v. 9, n. 6, p. 00, 2008. Disponível em: http://basessibi.c3sl.ufpr.br/brapci/v/7544. Acesso em: 08 jan. 2019.
LARA, M. L. G. Linguagem documentária e terminologia. Transinformação, Campinas, n. 16, p. 232-240, set./dez. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tinf/v16n3/03.pdf. Acesso em: 24 fev. 2019.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MILLER, C. R. Genre as social action. Quarterly Journal of Speech, v. 70,1984, p. 151-167. Disponível em: http://www4.ncsu.edu/~crmiller/Publications/MillerQJS84.pdf
MOTTA-ROTH, D. Análise crítica de gêneros: contribuições para o ensino e a pesquisa de linguagem. D.E.L.T.A. [online]. São Paulo, v. 24, n. 2, p. 341-383, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/delta/v24n2/v24n2a07.pdf Acesso em 12 dez. 2018.
ROJO, R. Gêneros do discurso e gêneros textuais: questões teóricas e aplicadas. In: MEURER, J. L.; BONINI, A.; MOTTA-ROTH, D. Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola, 2005. p.184-207.
SWALES, J. The Concept of Discourse Community. In: SWALES, J. Genre analysis: English in academic and research settings. Cambridge: Cambridge University Press, 1990. p. 21-32. Disponível em: https://moodle.csun.edu/pluginfile.php/3333572/mod_resource/content/2/swales_concept-of-discourse-community.pdf. Acesso em: 07 jul. 2018.
SWALES, J. The semiperiphery of academic writing: discourses, communities and practices (Book Review). English for Specific Purposes, V. 39, July 2015, p. 80-82. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/journal/08894906/39/supp/C. Acesso em: 09 jul. 2018.
SWALES, J.; FEAK, C. B. Academic Communications and the Graduate Student. Pedagogy, v.1, n. 1, p. 176-178, 2001.
VOGEL, M. J. M. A noção de estrutura linguística e de processo de estruturação e sua influência no conceito e na elaboração de linguagem documentária. 2007. 124 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, 2007.
Dowloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2021 Márcia Ivo Braz, Severino Carlos da Silva

Questo volume è pubblicato con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Condividi allo stesso modo 4.0 Internazionale.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).