Modos de amanhecer: inflexões da Alba na poesia portuguesa contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.11606/va.v0i37.172724Palavras-chave:
Alba, Lírica medieval, Poesia portuguesa contemporânea, Modulação genéricaResumo
No presente artigo, partindo de uma breve sondagem da tradição mitopoética e das convenções sémico-formais da alba medieval, examina-se o modo como três poetas portugueses contemporâneos – Natália Correia, Joaquim Manuel Magalhães e Pedro Sena-Lino – revisitaram, com variável grau de mimetismo e no contexto de idiomas poéticos diversos, o arquétipo do canto do amanhecer, compaginando-o com a sua poiesis e mitos pessoais. Combinando livremente módulos poéticos de ascendência trovadoresca, não é raro que os autores dos séculos XX-XXI procedam à sua refuncionalização ou inversão paródica, chegando a compor verdadeiras contra-albas.
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