Figuras da China e de Macau entre duas navegações portuguesas do século XX: consolidação e desconstrução
DOI:
https://doi.org/10.11606/va.i1.199600Palavras-chave:
O caminho do oriente, Nocturno em Macau, figuras da China e de Macau, consolidação, desconstruçãoResumo
Durante os séculos XIX e XX, em Portugal, o orientalismo, um estilo ocidental para conhecer e melhor dominar as civilizações orientais, desempenhava uma função indispensável na estratégia colonial do País de regressar ao Oriente. Nessas circunstâncias, no campo da literatura portuguesa, ia constituindo-se um repositório de figuras estereotipadas do Oriente, mais especificamente, da China e de Macau. Este artigo visa demonstrar a consolidação e a desconstrução dessas figuras da China e de Macau manifestadas em O Caminho do Oriente, de Jaime do Inso e em Nocturno em Macau, de Maria Ondina Braga, duas obras em língua portuguesa sobre Macau criadas no século XX. Dessa forma, pretendemos delinear de forma mais clara mudanças que tinham lugar na posição tomada pelos portugueses diante do universo chinês num período em que o Império português ia chegando ao fim.
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