Dores na coluna em profissionais de enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v8i2a102348Palavras-chave:
Enfermagem, Fatores de Risco, Dor LombarResumo
O objetivo desta revisão bibliográfica foi conhecer a organização e o processo de trabalho do pessoal de enfermagem, identificando os principais fatores de risco associados às dores na coluna desses profissionais, além de analisar as propostas de prevenção descritas pelos autores estudados. Para tanto, foram pesquisadas principalmente publicações de autores brasileiros, considerando a realidade da enfermagem em nosso País. A caracterização desses profissionais mostrou que a maioria é do sexo feminino, de nível socioeconômico baixo e que trabalha em dupla jornada. Os fatores de risco associados às dores na coluna mais destacados foram divididos em ergonômicos e traumáticos, e os traumáticos se subdividiram em individuais e profissionais. Com relação às medidas preventivas, constatou-se que a maioria dos autores prioriza a promoção de cursos de orientações posturais e ergonômicas, além de orientações referentes às atividades físicas. Por último, é importante ressaltar que a organização e o processo de trabalho desses profissionais, assim como os fatores de risco associados à ocorrência de dores na coluna, foram mais exaustivamente estudados. Quanto às medidas preventivas, seria importante direcioná-las para as diferentes categorias profissionais e setores de trabalho. Considerando o número de casos de dores na coluna entre os profissionais de enfermagem, é importante que outros estudos se aprofundem na prevenção do problema, objetivando, assim, uma melhor qualidade de vida e de trabalho desses profissionais.
Downloads
Referências
Alexandre NMC. Considerações sobre os procedimentos de movimentação e transporte de pacientes. Rev Baiana Enf. 1988;4(1):49-63.
Alexandre NMC. Contribuição ao estudo das cervicodorsolombalgias em profissionais de enfermagem [tese]. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem da USP; 1993.
Alexandre NMC, Angerami ELS. Avaliação de determinados aspectos ergonômicos no transporte de pacientes. Rev Bras Saúde Ocup. 1993;21(77):81-90.
Alexandre NMC, Angerami ELS. Dores nas costas e enfermagem. Rev Esc Enf USP. 1996;30(2):267-85.
Alexandre NMC, Angerami ELS. Ergonomia e enfermagem. Rev Esc Enf USP. 1989;23(2):21-6.
Alexandre NMC, Moraes MAA, Mahayri N, Cunha SHF. Aspectos ergonômicos e posturais em centro de material. Rev Esc Enf USP. 1992;26(1):87-94.
Alexandre NMC, Moraes MAA, Mahayri N. Modelo de um curso de orientação sobre determinados aspectos ergonômicos e posturais no trabalho do pessoal de enfermagem. Rev Bras Saúde Ocup. 1991;19(74):61-65.
Antunes AV, Santanna LR. Satisfação e motivação no trabalho do enfermeiro. Rev Bras Enf. 1996;49(3):425-34.
Bellato R, Pasti MJ, Takeda E. Algumas reflexões sobre o método funcional no trabalho da enfermagem. Rev Latino-am Enf. 1997;5(1):75-81.
Bernardina LD, Marziale MHP, Carvalho EC. Postura corporal adotada pelos membros da equipe de enfermagem durante procedimentos de coleta de sangue, administração de medicação endovenosa e soroterapia. Rev Esc Enf USP. 1995;29(3):317-30.
Borsoi IC, Codo W. Enfermagem, trabalho e cuidado. In: Silva GB. Enfermagem profissional: análise crítica. São Paulo: Cortêz; 1986. p. 24-32.
Candeias NMF, Abujamera AMD, Sabbag SN. "Stress" em atendentes de enfermagem. Rev Bras Saúde Ocup. 1992;20(75):38-44.
Carvalho DV, Ferreira AA. Força de trabalho de enfermagem de nível elementar no município de Belo Horizonte. Rev Bras Enf. 1996;49(3):343-62.
Cato C, Olson DK, Studer M. Incidence, prevalence, and variables associated with low back pain in staff nurses. AAOHN J. 1989;37(8):321-7.
Cohn-Mansfield J, Culpepper 2nd WJ, Carter P. Nursing staff back injuries - prevalence and costs in long term care facilities. AAOHN J. 1996;44(1):9-17.
Estryn-Behar M. Ergonomia hospitalar. Rev Enf UERJ. 1996;4(2):247-56.
Garrett B, Singiser D, Banks SM. Back injuries among nursing personnel; the relationship of personal characteristics, risk factors, and nursing practices. AAOHN J. 1992;40(11):510-6.
Knoplich J. Sistema músculo-esquelético: coluna vertebral. In: Mendes R. Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu; 1995. p. 213-27.
Marziale MHP, Melo MRAC, Silva EM. A postura corporal adotada pela enfermeira durante a execução de seu trabalho. Rev Bras Saúde Ocup. 1991;19(73):19-24.
McAbee RR. Nurses and back injuries: a literature review. AAOHN J. 1988;36(5):200-9.
McAbee RR, Wilkinson WE. Back injuries & registered nurses. AAOHN J. 1988;36(3):106-12.
Monteiro MS, Carmio AM, Alexandre NMC. Acidentes de trabalho entre o pessoal de enfermagem de um hospital universitário. Rev Bras Enf. 1987;40(2/3):89-92.
Ortiz GCM, Patiño NAM. El estres y su relación con las condiciones de trabajo del personal de enfermería. Investigación y Educación en Enfermería. 1991;9(2):83-99.
Pereira WR, Bellato R. O trabalho da enfermeira - uma abordagem sob a perspectiva da teoria feminista. Texto e Contexto Enf. 1995;4(1):66-82.
Pitta A. Hospital, dor e morte como ofício. 2nd ed. São Paulo: Hucitec; 1991.
Sampaio RF. Cuando los accidentes de trabajo no matan: una aproximación epidemiológica de las incapacidades permanentes para la profesión habitual. Barcelona: Facultad de Medicina Universidad Autônoma de Barcelona; 1997.
Scholey M. Back stress: the effects of training nurses to lift patients in a clinical situation. Int J Nurs Stud. 1983;20(1):1-13.
Siqueira MM, Watanabe FS, Ventola A. Desgaste físico e mental de auxiliares de enfermagem: uma análise sob o enfoque gerencial. Rev Latino-am Enf. 1995;3(1):45-57.
Sobral VRS. Construindo uma profissão feminina. Rev Enf UERJ. 1994;2(2):242-9.
Venning PJ. Back injury prevention - instructional design features for program planning. AAOHN J. 1998;36 (8): 336-41.
Venning PJ. Back injury prevention among nursing personnel - the role of education. AAOHN J. 1988;36(8):327-33.
Wachs JE, Parker-Conrad JE. Predictors of registered nurses' lifting behavior. AAOHN J. 1989;37(4):131-9.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2001 Acta Fisiátrica
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
