A poesia é a rua: o graffiti como modelo poético e político para E. M. de Melo e Castro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v16i32p214-226Palabras clave:
E. M. de Melo e Castro, Graffiti, Poesia experimentalResumen
Em seu artigo “Pode-se escrever com isto”, Ernesto de Melo e Castro apresenta e analisa dezenas de graffiti compostos entre 1974 e 1975, que refletem o momento político de Portugal, nos fins do Estado Novo. Melo e Castro compreende tal “explosão de visualismo” como uma forma de vanguarda artística em desenvolvimento. Embora geralmente produzidos por militantes de partidos políticos, Melo e Castro propõe uma leitura semiológica dos signos verbais e visuais, vislumbrando formas alternativas de poética e de política no graffiti. Desse modo, em diálogo com perspectivas dos estudos de graffiti, este artigo propõe delinear as maneiras como o graffiti se apresenta como modelo vanguardista de poética e política para Melo e Castro.
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Referencias
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