Por uma implicação da família na clínica dos “desvios/transtornos fonológicos”
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i1p103-118Palavras-chave:
desvio/transtorno fonológico, família, fonoaudiologia, psicanálise, demandaResumo
Na literatura sobre os chamados “desvios/transtornos fonológicos”, duas perspectivas procuram envolver a família em suas reflexões: na primeira, fundamentada no behaviorismo, os pais assumem o papel de coterapeutas e sua tarefa é fornecer feedback; na segunda, fundamentada sobretudo nas teorias da personalidade, suas atitudes e representações são vinculadas à etiologia desses sintomas. Propõe-se aqui o desenvolvimento de uma terceira concepção, pautada na articulação entre fonoaudiologia e psicanálise, visando primeiramente acolher o discurso e interrogar o desejo parental, que frequentemente mantém a criança em uma posição infantilizada, para, em seguida formular uma demanda relativa a uma mudança de posição da criança em relação a sua própria fala. Conclui-se que essa implicação subjetiva da família pode favorecer uma identificação da criança com um novo ideal de fala.
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