Fascisme numérique et violence scolaire: déformation subjective du néolibéralisme contemporain?
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i3p359-377Mots-clés :
attaques scolaires, fascisme numérique, néolibéralismeRésumé
Cet article vise à réfléchir sur la manière dont la structure économique néolibérale et la montée du fascisme numérique influencent objectivement les attaques contre les écoles. Le néolibéralisme, avec ses politiques d' inégalité sociale et de précarisation du travail, associé à des facteurs technologiques, crée un environnement propice à la radicalisation des jeunes vulnérables. La propagation des discours de haine et de l'extrémisme sur les plateformes numériques intensifie cette tendance, formant un trépied entre le fascisme numérique, la structure économique néolibérale et les attentats scolaires. Avec la radicalisation en ligne croissante et les cultures de haine promues sur les réseaux sociaux, on observe une augmentation préoccupante des actes violents dans les environnements scolaires au cours de la dernière décennie. Les nouvelles technologies sont devenues un arsenal de production de conflits permanents, et à travers les contradictions de leurs objets et de leurs utilisations, l'agression et les symptômes sont légitimés et amplifiés.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
Acker, A. (2018). How fascism went digital: a historian’s perspective on Bolsonaro’s victory in Brazil. Berlin: Geschichte der Gegenwart.
Adorno, T & Horkheimer, M. (1985). Dialética do Esclarecimento: fragmentos filosóficos. Jorge Zahar Editor.
Anders, G. (2002). L’Obsolescence de l’homme. Sur l’âme à l’époque de la deuxième revolution industrielle. Paris: Éditions Ivrea.
Anders, G. (2007). Le temps de la fin. Paris: L’Herne.
Benjamin, W. (1986). Documentos de cultura, documentos de barbárie: escritos escolhidos. Cultrix.
Benjamin, W. (1987). Obras escolhidas. Vol. 1. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Brasiliense.
Brasil. (2023). Ministério da Educação. ATAQUES ÀS ESCOLAS NO BRASIL: análise do fenômeno e recomendações para a ação governamental. Brasília. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/grupos-de-trabalho/prevencao-e-enfrentamento-da-violencia-nas-escolas/resultados/relatorio-ataque-escolas-brasil.pdf.
Brillaud, D. (2020). Lacanian psychoanalysis: A clinical casebook. Routledge.
Fielitz, M & Marcks, H. (2020). Digitaler faschismus die sozialen medien als motor des rechtsextremismus. Dudenverlag, Berlin.
Foucault, M. (1972). História da loucura na idade média. Editora Perspectiva.
Foucault, M. (1987). Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes.
Freud, S. (2011). Psicologia das massas e análise do eu e outros textos. Companhia das letras. (Obra original publicada em 1920-1923)
Fromm, E. (1979). Anatomia da destrutividade humana. Jorge Zahar Editor.
Fuchs, C. (2022). Digital Fascism. Media, Communication and Society Volume Four. Routledge. Doi : https://doi.org/10.4324/9781003256090
Griffin, R. (1993). The Nature Of Fascism. Routledge. Doi : https://doi.org/10.4324/9781315003627
Honneth, A. (2018). Reificação: um estudo de teoria do reconhecimento. Editora Unesp.
Lacan, J. (1998). Escritos. Jorge Zahar Editor. (Obra original publicada em 1949)
Lacan, J. (2008a). O Seminário livro 16: de Um Outro ao outro. Jorge Zahar Editor. (Obra original publicada em 1968-1969)
Lacan, J. (2008b). O Seminário livro 17: o avesso da psicanálise. Jorge Zahar Editor. (Obra original publicada em 1969-1970)
Lacan, J. (1974-1975). Seminaire 22: RSI. Inédito. http://staferla.free.fr/S22/S22%20R.S.I..pdf.
Mbembe, A. (2014). Crítica da razão negra. Antígona.
Melman, C. (2003). O Homem sem gravidade: gozar a qualquer preço. Companhia de Freud.
Paxton, R. (2007). Anatomia do fascismo. Paz e Terra.
Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4386378/mod_folder/content/0/Quijano%20Colonialidade%20do%20poder.pdf?forcedownload=1
Ramos, C. (2004). A dominação do corpo no mundo administrado. Escuta.
Safatle, V. (2019). Psicologia das massas e do fascismo. Universidade de São Paulo.
https://www.academia.edu/39801006/Psicologias_do_fascismo_curso_completo_2019.
Safatle, V., da Silva Júnior, N., & Dunker, C. (2020). Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico. Autêntica.
Souza, J. (2019). A elite do atraso: da escravidão a Bolsonaro. Sextante.
Vinha [et al]. (2023). Ataques de violência extrema em escolas no Brasil [livro eletrônico]: causas e caminhos. 1. ed. – São Paulo. Disponível em: https://d3e.com.br/wp-content/uploads/relatorio_2311_ataques-escolas-brasil.pdf
Von Behr, I., Reding, A., Edwards, C., & Gribbon, L. (2013). Radicalization in the digital era: The use of the internet in 15 cases of terrorism and extremism. RAND Corporation.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Marcelo Gonçalves Rodrigues 2024

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.
O envio dos manuscritos deverá ser acompanhado de Carta à Comissão Executiva solicitando a publicação. Na carta, o(s) autor(es) deve(m) informar eventuais conflitos de interesse - profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos - que possam vir a influenciar os resultados da pesquisa. Devem, ainda, revelar as fontes de financiamento envolvidas no trabalho, bem como garantir a privacidade e o anonimato das pessoas envolvidas. Portanto, o(s) autor(es) deve(m) informar os procedimentos da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética da instituição do(s) pesquisador(es) com o número do parecer.
O material deve ser acompanhado também de uma Declaração de Direito Autoral assinada por todo(s) o(s) autor(es) atestando o ineditismo do trabalho, conforme o seguinte modelo:
Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.