A toponímia italiana do Oeste de Santa Catarina: um estudo relacional dos nomes de lugares e a (i)migração
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v25i2p161-179Palavras-chave:
Toponímia italiana, Nomes de lugares e imigração, Oeste de Santa CatarinaResumo
A relação do nome como a história, a língua e a identidade de um povo é interesse basilar da Onomástica. O presente estudo se guia por esse caminho e tem por objetivo verificar no Oeste de Santa Catarina, “le terre nuove”[1], marcas da identidade italiana em sua toponímia mais rural, considerando nuanças da variação, da mudança, da manutenção e da perda dos nomes dentro da história de migração de um dos grupos povoadores dessa região: os ítalo-gaúchos. Para tanto, foram analisados 342 topônimos de um total de 3.826 nomes de lugares recolhidos para o Corpus Toponímico do Oeste de Santa Catarina (COTOPOESC), advindos de mapas oficiais do IBGE. A metodologia adotada é a de Dick (1990), uma vez que se trata da taxonomia mais adequada para a realidade brasileira. Para a análise e classificação das formas toponímicas, o estudo consultou diferentes obras lexicográficas e estudos pontuais da Italianística brasileira. A maioria dos 342 topônimos é composta por antropotopônimos (nomes de pessoas, principalmente de famílias) e hagiotopônimos (nomes de santos). O estudo conclui que os sobrenomes e o catolicismo de devoção italiana são as características mais representativas dessa toponímia [1] É com essa denominação - le terre nuove - que os nonos e nonas da RCI (Região Colonial Italiana do Nordeste do Rio Grande do Sul) se referem às colônias novas para onde foram muito dos parentes que não regressaram. (Fonte: Caderno de viagem de campo de Fernando Hélio Tavares de Barros a Antônio Prado, RS, novembro de 2023).
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