Ocupação como texto: notas sobre as gramáticas de ação política de estudantes cearenses em 2016
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2024.230063Keywords:
ocupação, textualidade, Ceará, movimento estudantil, FacebookAbstract
Após as jornadas de junho de 2013 e as ampliações de incursões em plataformas digitais para processos de mobilização social no Brasil, vivemos, em 2016, uma onda de manifestações mobilizadas em torno da #ocupatudo que expressava o descontentamento frente ao contexto de pós-impeachment. Para além do reconhecimento de que a adesão a tais plataformas reconfigura as dinâmicas dos movimentos sociais, tem nos interessado investigar as transformações em torno da forma de atuação política e, frente a este último caso, considerando as particularidades destas iniciativas de desobediência civil. Para isso, nos interessa tomá-las como um texto resultante de uma escrita política para, assim, mirarmos e discutirmos as relações entre dinâmicas online e offline que estruturaram as ocupações.
Downloads
References
AUTOR, XXXX.
ABRIL, Gonzalo (2007). Análisis crítico de textos visuales. Madrid: Editorial Sintesis
ALVES, Giovanni (2012). “Ocupar Wall Street… e depois?”. In: HARVEY, David et al. Ocuppy: Movimentos de protesto que tomaram as ruas. São Paulo: Boitempo.
ALVES FILHO, Mário (2016). Movimento passe livre nas manifestações de junho de 2013: a representação social no jornal Folha de S. Paulo. Dissertação (Mestrado). Fortaleza: Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará.
ANDRADE, Ian (2020). O Covil dos Leões: Mídia Ninja e a cidadania em rede. Dissertação (Mestrado). Fortaleza: Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará.
ARAÚJO, Leonardo (2016). Comunicação para mobilização: quem dera ser um peixe, internet e ativismo político. Dissertação (Mestrado). Fortaleza: Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará.
BEZERRA, Fernanda (2022). O movimento #EleNão e a formação de identidades políticas em comunidades virtuais. Dissertação (Mestrado). Fortaleza: Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará.
BIANCHI, Alvaro (2008). Transgressões: As ocupações de reitoria e a crise das Universidades Públicas. São Paulo: Instituto José Luís e Rosa Sundermann.
BENTES, Ivana (2016). “Ocupa Tudo! Extinção, ressurreição e insurreição da Cultura”. In: ROVAI, Renato (org). Golpe 16. São Paulo: Publisher Brasil.
BONFIM, Cristiane (2019). Campanha #euvoucontar: ciberativismo, cidadania e memória de mulheres pela descriminalização do aborto no Brasil. Dissertação (Mestrado). Fortaleza: Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará.
GRAMSCI, Antonio (1978). Introdução ao estudo da filosofia e do materialismo histórico. São Paulo: Martins Fontes.
GOHN, Maria da Glória (2017). Manifestações e Protestos no Brasil: Correntes e contracorrentes na atualidade. São Paulo: Cortez Editora.
GOHN, Maria da Glória (2013). Sociologia dos movimentos sociais: Indignados, Ocuppy Wall Street, Primavera Árabe e mobilizações no Brasil. São Paulo: Cortez.
GOHN, Maria da Glória (2010). Teorias dos movimentos sociais: Paradigmas clássicos e contemporâneos. São Paulo: Loyola.
GROPPO, Luis Antonio (2022). Uma Onda Mundial de Revoltas: movimentos estudantis de 1968. São Carlos: Pedro&João.
LEAL, Bruno; CARVALHO, Carlos Alberto; ALZAMORA, Geane (2018). Textualidades midiáticas. Belo Horizonte: PPGCom UFMG.
MARCUSE, Hebert (1999). A grande recusa hoje. Petrópolis: Vozes.
MARINHO, Giordanno (2022). MST, ocupação de terras e desobediência civil: análise das decisões judiciais acerca da posse da terra nos conflitos agrários coletivos. Dissertação (Mestrado em Direito). Mossoró: Universidade Federal Rural do Semiárido.
MELUCCI, Alberto (1996). Chalenging codes. Collective action in the information age. Cambridge: Cambridge University Press.
MINUCELLI, Conrado; SANTOS, Jaqueline; DOMBROWSKI, Osmir (2016). #Ocupaparaná: as ocupações das escolas públicas paranaense em outubro de 2016. Tematicas, v. 24, n. 47.
PALMEIRA, Vladimir (2009). 1968: o protagonismo do Movimento Estudantil no Brasil.
PERICÁS, Luiz Bernardo (2016). “Os semeadores da discórdia: A questão agrária na encruzilhada.” In: ROVAI, Renato (org). Golpe 16. São Paulo: Publisher Brasil.
REDES, Bárbara (2019). Ocupar e resistir: os processos comunicacionais nas ocupações das escolas estaduais públicas nas redes sociais da internet no Ceará em 2016. Fortaleza: Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará.
SANTOS, Willian (2020). Mídia Ninja #aovivo: implicações do uso do live streaming na narrativa da prisão de Lula. Dissertação (Mestrado). Fortaleza: Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará.
SOUSA, Francisco (2019). Quando as minorias falam: os personagens da websérie Cartas Urbanas, do Coletivo Nigéria, e suas construções de sentido sobre a obra. Dissertação (Mestrado). Fortaleza: Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará.
THIOLLENT, Michel (1998). Maio de 1968 em Paris: testemunho de um estudante. Tempo Social, v. 10, n. 2.
União Nacional de Estudantes. Estudantes ocupam 961 escolas e universidades contra retrocessos na educação. goo.gl/CWrnMx. (acesso em: 03/03/2018).
União Nacional de Estudantes. #OcupaTudo tem mais de 200 universidades ocupadas em todo o Brasil. goo.gl/S482S9. (acesso em: 03/03/2018).
ZIBAS, Dagmar (2008). “A revolta dos pinguins” e o novo pacto educacional chileno. Rev. Brasileira de Educação, v. 13, n. 38.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Política de direitos compartilhados
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Ao submeter seu trabalho à Plural, o autor concorda que: o envio de originais à revista implica autorização para publicação e divulgação, ficando acordado que não serão pagos direitos autorais de nenhuma espécie. Uma vez publicados os textos, a Plural se reserva todos os direitos autorais, inclusive os de tradução, permitindo sua posterior reprodução como transcrição e com devida citação de fonte. O conteúdo do periódico será disponibilizado com licença livre, Creative Commons - Atribuição NãoComercial- CompartilhaIgual –, o que quer dizer que os artigos podem ser adaptados, copiados e distribuídos, desde que o autor seja citado, que não se faça uso comercial da obra em questão e que sejam distribuídos sob a mesma licença (ver: http://www.creativecommons.org.br/).
