Mecanismos de solidariedade étnica/nacional e imigração
Chineses e sul coreanos em Aracaju, Brazil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.171530Palabras clave:
Imigração, Chineses, Sul-coreanos, Mecanismos de solidariedade étnica/nacional, AracajuResumen
O presente artigo tem como objeto principal os mecanismos de solidariedade étnica/nacional acionados em contextos imigratórios. Os estudos sobre chineses e sul-coreanos que deram origem ao artigo foram realizados entre os anos de 2011 e 2018 na cidade de Aracaju, capital do Estado de Sergipe. Para o desenvolvimento destes estudos, foram realizadas revisão bibliográfica, observação direta e entrevistas em profundidade. Os dois grupos de imigrantes se estabeleceram no comércio local por meio de atividades ligadas à venda de produtos importados e lanchonetes. A presença destes dois grupos em Aracaju se deu por meio de fluxos migratórios indiretos, de modo que antes de se estabelecerem na capital sergipana, passaram por outras cidades, em especial São Paulo. Esta trajetória revela uma dupla mobilidade, a geográfica e a social, já que a vinda para Aracaju está associada às oportunidades de passarem da condição de empregados para proprietários de estabelecimentos comerciais. O duplo processo de mobilidade é sustentado por mecanismos de solidariedade étnica/nacional acionados a partir das relações de parentesco e amizade, com base no uso do idioma e tradições culturais, tais como poupança e capitalização financeira. Este processo se desdobra, novamente, em outra dupla dinâmica, que diferencia chineses e sul-coreanos de brasileiros, de modo a produzir práticas sociais e culturais e sentimentos de pertencimentos e, ao mesmo tempo, hierarquias internas no grupo, através de papeis familiares e de classe.
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