Webcamming erótico comercial: nova face dos mercados do sexo nacionais
DOI:
https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2021.184482Palabras clave:
Webcamming, mercados do sexo, erotismo, tecnologiasResumen
Este texto se debruça sobre o universo do webcamming erótico comercial (WEC) desenvolvido recentemente no Brasil (mais especificamente a partir do ano de 2002), investigando sua organização e estruturação (construindo um perfil dessa atividade em contexto nacional). Mantendo diálogo constante com a empiria e a literatura sobre o tema, este texto aponta para a urgência de empreendimentos que busquem singularizar essa atividade, constantemente subsumida a ramos mais conhecidos dos mercados do sexo, tais como a pornografia e o strip-tease. A estratégia metodológica adotada se baseou na etnografia, realizada primordialmente em ambiente online, sobretudo nos espaços dos sites especializados em WEC e redes sociais (especialmente o Twitter e o Instagram). Entrevistas semiestruturadas foram efetuadas com 15 camgirls (mulheres que atuam nesse ramo), centradas em suas trajetórias de vida e suas carreiras no webcamming.
Descargas
Referencias
AGUSTÍN, Laura. 2007. Sex at the margins: migration, labour markets and the rescue industry. London, Zed Books.
BERNSTEIN, Elizabeth. 2007. Temporarily yours: intimacy, authenticity and commerce of sex. Chicago, The University of Chicago Press.
BLEAKLEY, Paul. 2014. ‘500 tokens to go private’: Camgirls, cybersex and feminist entrepreneurship. Sexuality & Culture (New York, Online), n. 8(4): 892-910. https://doi.org/10.1007/s12119-014-9228-3
DA SILVA, Ana e BLANCHETTE, Thaddeus. 2005. “‘Nossa senhora da Help’: sexo, turismo e deslocamentos transnacionais em Copacabana”. Cadernos Pagu, n. 25: 249-280. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-83332005000200010
DÍAZ-BENÍTEZ, Maria. 2009. Nas redes do sexo: bastidores e cenários do pornô brasileiro. Rio de Janeiro, tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
DÍAZ-BENÍTEZ, Maria. 2013. “El quehacer porno en la construcción de imágenes de espectacularidad”. Memoria y sociedad (Bogotá, Online), n. 17(34): 92-109. Disponível em https://revistas.javeriana.edu.co/index.php/memoysociedad/article/view/8309
DOBSON, Amy. 2007. “Femininities as commodities: camgirl culture”. In: HARRIS, Anita (org.). Next wave cultures: feminism, subcultures, activism. New York, Routledge, pp. 125-150.
HINE, Christine. 2000. Virtual ethnography. London, Sage.
HINE, Christine. 2015. Ethnography for the internet: embedded, embodied and everyday. London, Bloomsbury Publishing.
FLOWERS, Amy. 1998. The fantasy factory: an insider’s view of the phone sex industry. Philadelphia, University of Pennsylvania Press.
FRANK, Katherine e CARNES, Michelle. 2010. “Gender and space in strip clubs”. In WEITZER, Ronald (org.), Sex for sale: prostitution, pornography and sex industry. New York, Routledge, pp. 115-138.
GASKELL, Geoger. 2012. “Entrevistas individuais e grupais”. In: BAUER, Martin e GASKELL, George (org.), Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Rio de Janeiro, Vozes, pp. 64-89.
HAMILTON, Danyelle. 2015. “Sex work in cyberspace: geographies of desire in digital frontiers of the United States”. Senior Capstone Projects (California, Online), n. 507: 1-79. Disponível em https://digitalwindow.vassar.edu/senior_capstone/507
JONES, Angela. 2015. “For black models scroll down: webcam modeling and the racialization of erotic labor”. Sexuality & Culture (New York, Online), n. 19(4): 1-24. http://dx.doi.org/10.1007/s12119-015-9323-0
JONES, Angela. 2016. “‘I get paid to have orgasms’: adult webcam models’ negotiations of pleasure and danger”. Sings: Journal of Women in Culture and Society (Chicago, Online), n. 42(1): 227-256. Disponível em https://doi.org/10.1086/686758
KIBBY, Marjorie e COSTELLO, Brigid. 2001. “Between the image and the act: interactive sex entertainment on the internet”. Sexualities (New York, Online), n. 4(3), 353-369. https://doi.org/10.1177%2F136346001004003005
LOPES, Maycon. 2013. “Pornografia amadora em tempo real: observações preliminares sobre o cam4”. Anais do SIMSOCIAL: 1-14.
MATHEWS, Paul. 2017. “Cam Models, Sex Work and Job Immobility in the Philippines”. Feminist Economics (Chicago, Online), n. 23(3): 1-25. https://doi.org/10.1080/13545701.2017.1293835
MIRANDA, Thais. 2014. “Pornografia online amadora: como lidar? Desafios metodológicos da pesquisa diante de uma temática controversa”. Anais do 3º CIAIQ: 307-312.
PISCITELLI, Adriana. 2007. “Shifting boundaries: sex and Money in the northeast of Brazil”. Sexualities (New York, Online), n. 10(4): 489-500. https://doi.org/10.1177%2F1363460707080986
RIBEIRO, José e MIRANDA, Thais. 2012. “Sites de vídeos pornográficos amadores: encenação, midiatização e exibicionismo do anonimato”. Anais do XXI Compós: 1-12.
SALDANHA, Rafael. 2017. Você só precisa clicar: sexo virtual e masculinidades refletidas pelas webcams. Florianópolis, tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina.
SANDERS, Teela et al. 2018. Internet sex work: beyond the gaze. United Kingdom, Palgrave McMillian.
SELMI, Giulia. 2012. “Dirty talk and gender cleanliness: an account of identity management practices in phone sex work”. In: SIMPSON, Ruth et al.(org.). Dirty work: concepts and identity. England, Palgrave McMillian, pp. 113-125.
SENFT, Theresa. 2008. Camgirls: celebrity and community in the age of social network. New York, Peter Lang Publishing.
SILVA, Weslei. 2014. O sexo incorporado na web: cenas e práticas de mulheres strippers. Belo Horizonte, tese de doutorado, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
SILVA, Weslei. 2015. “Corpos e erotismo: encenação de strip-tease na internet”. Anais da XI Reunión de Antropología del Mercosul: 1-21.
SILVA, Weslei. 2016. “Corpos e simulacros: encenação de strip-tease na internet”. Astrolabio (Barcelona, Online), n. 16: 93-121. Disponível em https://revistas.unc.edu.ar/index.php/astrolabio/article/view/14238/14709
SILVA, Weslei e JAYME, Juliana. 2015a. “Strip-tease virtual: representações e práticas ou ‘isso’ é sexo?”. Contemporânea (Salvador, Online), n.13(2): 311-328. http://dx.doi.org/10.9771/1809-9386contemporanea.v13i2.13991
SILVA, Weslei e JAYME, Juliana. 2015b. “Close na web: incorporando femininos desejáveis”. Mediações, n. 20(1): 194-216. http://dx.doi.org/10.5433/2176-6665.2015v20n1p194
SILVA, Maria e SILVA, Allyson. 2016. “Sexualidade e virtualização em Câmera Privê: sociabilidade, desejo e consumo através de webcam”. Bagoas, n. 5: 153-175. Disponívelem https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/9677
SILVA, Maria e SILVA, Allyson. 2017. “A virtualização da relação sexual em CAM4: o corpo enquanto objeto de desejo e de consume”. Revista Ártemis, n. XXIV(1): 143-155. https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2017v24n1.34363
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista de Antropologia
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam na Revista de Antropologia concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).