Autobiografias em Moçambique: a escrita como monumento (2001-2013)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2019.143657Palavras-chave:
Moçambique, memória, história, escrita, contemporaneidadeResumo
O artigo tem como foco textos de caráter autobiográfico publicados em Moçambique a partir de 2001, nos quais as relações entre memória e poder projetam-se como uma aliança determinante na condução da história recente do país. Compreendendo a escrita como uma arena, os autores recolhem/selecionam/produzem as lembranças do período da luta armada de libertação e propõem uma leitura em que a história é delineada por vozes que, mesmo procurando incorporar uma carga de subjetividade aos discursos que registram, confluem no esforço de consolidação da macronarrativa oficial.
Downloads
Referências
BORGES COELHO, João Paulo. Abrir a fábula. Questões de política do passado em Moçambique. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 106, Coimbra: CES, 2015.
CABAÇO, José Luís. A longa estrada da democracia moçambicana. In: MAZULA, Brazão. Moçambique. Eleições democracia e desenvolvimento. Maputo: Ed. do Autor, 1995.
CHISSANO, Joaquim. Vidas, lugares e tempos. Maputo: Texto Editores, 2010.
CRUZ E SILVA, Teresa. Zedequias Manganhela: uma biografia contextualizada (1912-1972). Maputo: Marimbique, 2014.
DICK, Jorge. Mandionerepi: donde é que me viram?, vol. 1. Maputo: CPHLLN, 2011.
DOUBROVSKY, Serge. O último eu. In: NORONHA, Jovita (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014, p. 123.
FERRÃO, Valeriano. Embaixador nos USA. Maputo: Ndjira, 2007.
FUCHS, Elisa. Moçambique marcou-nos para a vida. Maputo: JV Editores, 2016.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar, escrever, esquecer. São Paulo: Editora 34, 2006.
GASPARINI, P. Autoficção é o nome de que? In: NORONHA, Jovita (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014, p. 187-8.
HONWANA, Luís Bernardo. A velha casa de madeira e zinco. Maputo: Alcance, 2017.
LANGA, Aurélio Valente. Memórias de um combatente da luta de libertação. O passado que levou o verso da minha vida. Maputo; JV Editores, 2011.
LEJEUNE, P. L’autobiographie en France. Paris: Armand Colin, 1971
MACEDO, Tania. O romance de retornados. Texto inédito, cedido pela autora.
MAGALHÃES, Isabel Allegro de. Capelas imperfeitas: configurações literárias da identidade portuguesa. In: RAMALHO, Maria Irene & RIBEIRO, António Sousa (org.). Entre ser e estar. Raízes percursos e discursos da identidade. Porto: Afrontamento, 2002.
MARTINS, Helder. Por que Sakrani?: memórias de um médico de uma guerrilha esquecida. Maputo: Editora Terceiro Milênio, 2001.
MBOA, Matias. Memórias da luta clandestina. Maputo: Marimbique, 2009.
MOIANE, José Phahlane. Memórias de um guerrilheiro. [s. l.]: King Ngungunhane Institute, 2009.
MONTEIRO, Óscar. De todos se faz um país. Maputo: Associação dos Escritores Moçambicanos, 2012.
MUSSANHANE, Ana. Protagonistas da luta de libertação. Maputo: Marimbique, 2012.
NALYAMBIPANO, Salésio. A minha contribuição para a independência e edificação do Estado moçambicano – Memórias de um general da linha da frente. Maputo: CPHLLN, 2013.
NDELANA, Lopes Tembe. Da Udenamo à Frelimo e à diplomacia moçambicana. Maputo: Marimbique, 2013.
NORONHA, Jovita (org.). Ensaios sobre a autoficção. Tradução de Maria Inês Coimbra Guedes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
PACHINUAPA, Raimundo. I CONGRESSO DA FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBIQUE (FRELIMO) – Memórias. Maputo: Edição do Autor, 2009.
PACHINUAPA, Raimundo & PACHINUAPA, Marina. A vida do casal Pachinuapa. Maputo: 2009.
PELEMBE, João Facitela. Lutei pela pátria. Memórias de um combatente da luta de libertação nacional. Maputo: Edição do Autor, 2012.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora Unicamp, 2007.
ROUSSO, Henry. Le syndrome de Vichy. De 1944 à nos jours. Paris: Seuil, 1990.
SOUTO, Amélia Neves. História, memória e identidade na história da Frelimo/Moçambique. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL – OS INTELECTUAIS AFRICANOS FACE AOS DESAFIOS DO SÉCULO XXI. Em memória de Ruth First (1925-1982). Anais. Maputo, 28-29 de novembro de 2012.
SOUTO, Amélia Neves. Memory and identity in the history of Frelimo: some research themes. Kronos, n. 39, 2013, p. 280-296.
SARLO, Beatriz. Tempo presente. Cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras/ Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2007.
VELOSO, Jacinto. Memórias em voo rasante. Maputo: António José Correia Paulo, 2006.
VELOSO, Maria Teresa. Nota da editora. In: LANGA, Aurélio Valente. Memórias de um combatente da luta de libertação. O passado que levou o verso da minha vida. Maputo: JV Editores, 2011.
VIEIRA, Sérgio. Participei, por isso testemunho. Maputo: Ndjira, 2010.
WELCH, Gita Honwana. Prefácio. In: FUCHS, Elisa. Moçambique marcou-nos para a vida. Maputo: JV Editores, 2016.

Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Revista de História

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (CC BY). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (veja O Efeito do Acesso Livre).