A recunhagem da moeda imperial: as reformas do visconde do Rio Branco (1871-1875)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214314

Palavras-chave:

Visconde do Rio Branco, Reformas econômicas, Cafeicultura fluminense, Vale do Paraíba, Banco do Brasil

Resumo

Incluída a Lei do Ventre Livre (1871), fartamente tratada na literatura historiográfica, as demais reformas empreendidas pelo visconde do Rio Branco quando à frente da presidência do Conselho de Ministros (1871-1875) tenderam a ser analisadas separada e tematicamente, sem produzir, portanto, um sentido para o conjunto da obra. Buscando suprir a lacuna mediante fontes primárias sobretudo orçamentárias e bancárias, propõe-se no artigo que o governo de Rio Branco remediou a medida emancipacionista com reformas financeiras, produtivas e tributárias, com vistas a serenar uma lavoura irrequieta com a eventual abolição. Em que pese a ampla paleta de reformas, também aqui examinada, o capital mobilizado por Rio Branco foi especialmente destinado aos cafeicultores do Vale do Paraíba. O processo contou com larga participação do Banco do Brasil, para onde se deslocava o grande capital cafeeiro fluminense. Assim, argumenta-se que o gabinete de Rio Branco reconduziu pela via da dívida pública, agora muito ampliada, um tipo de reformismo desigual já vislumbrado na década de 1850: operou-se, ao todo, uma recunhagem da moeda imperial.

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Biografia do Autor

  • Rodrigo Goyena Soares, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Pós-doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP). Professor doutor de História do Brasil, Departamento de História, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo – USP. Pesquisador-residente da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, USP – São Paulo/SP, Brasil.

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Publicado

2024-02-06

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Como Citar

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