Entre a “ocupação” e a “profissão”

considerações sobre o trabalho na música

Autores

  • Helder Danilo Capuzzo Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2018.148671

Palavras-chave:

trabalho artístico, profissões artísticas, sociologia da música

Resumo

Este texto aborda o debate a respeito dos termos “ocupação” e “profissão” relacionados ao fazer musical, discussão levantada em parte das pesquisas sobre o trabalho na música. Assim, consideram-se primeiramente as análises de Becker, Segnini e Menger a respeito da temática do trabalho nas artes e, nas conclusões, evidencia-se uma postura que acata as ambiguidades próprias das interações entre música e universo profissional.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Helder Danilo Capuzzo, Universidade de São Paulo

    Helder Capuzzo é doutorando pelo Programa de Pós-Graduação da ECA/USP sob orientação da Profª. Drª. Luciana Sayure Shimabuco. Foi monitor no curso de graduação na mesma universidade, com bolsa do Programa de Aperfeiçoamento do Ensino. Possui Graduação em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, atuou como docente da Fundação das Artes de São Caetano do Sul (disciplinas de Piano, Percepção Musical e História da Música) e atualmente desenvolve atividades como pesquisador, pianista colaborador e professor de piano.

Referências

BECKER, Howard Saul. Art worlds. Berkeley, University of California Press, 1982.

BOMFIM, Camila Carrascoza. A música orquestral, a metrópole e o mercado de trabalho: o declínio das orquestras profissionais subsidiadas por organismos públicos na Região Metropolitana de São Paulo de 2000 a 2016. Tese (Doutorado em Música). Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, 2017.

CERQUEIRA, Daniel Lemos. “Perspectivas profissionais dos bacharéis em piano”. Revista Eletrônica de Musicologia. Curitiba, v. XIII, não paginada, jan. 2010. Disponível em: <https://bit.ly/2NmHejd>. Acesso em: 4 out. 2018.

______. Administração musical: proposta de eixo temático para a área de música. In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PERFORMANCE MUSICAL, 2., 2014, Vitória. Anais… Vitória: Ufes, 2014. Disponível em: <https://bit.ly/2O1XJWZ>. Acesso em: 4 out. 2018.

COLI, Juliana. Vissi d’Arte, por amor a uma profissão. São Paulo: Annablume, 2006.

______. Descendência tropical de Mozart: trabalho e precarização no campo musical. ArtCultura, Uberlândia, v. 10, n. 17, p. 89-102, 2008.

ELIAS, Norbert. Estudos sobre a gênese da profissão naval: cavalheiros e tarpaulins. Mana, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p. 89-116, abr. 2001. Disponível em: <https://bit.ly/2Nn2bua>. Acesso em: 4 out. 2018.

______. Mozart, sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

FREDERICKSON, John; ROONEY, James F. How the music occupation failed to become a profession. International Review of the Aesthetics and Sociology of Music, [s.l.], v. 21, n. 2, p. 189-206, dez. 1990. Disponível em: <https://bit.ly/2DXjm61>. Acesso em: 4 out. 2018.

MENGER, Pierre-Michel. Retrato do artista enquanto trabalhador: metamorfoses do capitalismo. Lisboa: Roma Editora, 2005.

NUNES, Jordão Horta; MELLO, Matheus Guimarães. Socialização e identidade: o trabalho em serviços musicais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA, 15., 2011, Curitiba. Anais… Curitiba: Sociedade Brasileira de Sociologia, 2011. Disponível em: <https://bit.ly/2zR2FW2>. Acesso em: 4 out. 2018.

PICHONERI, Dilma Fabri Marão. Relações de trabalho em música: a desestabilização da harmonia. 2011. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2011.

REQUIÃO, Luciana. “Festa acabada, músicos a pé!”: um estudo crítico sobre as relações de trabalho de músicos atuantes no estado do Rio de Janeiro. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, n. 64, p. 249-274, ago. 2016.

SEGNINI, Liliana Rolfsen Petrilli. Acordes dissonantes: assalariamento e relações de gênero em orquestras. In: ANTUNES, Ricardo (Org.). Riqueza e miséria do Trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2006. p. 321-336

______. Vivências heterogêneas do trabalho precário: homens e mulheres, profissionais da música e da dança, Paris e São Paulo. In: GUIMARÃES, Nadya Araújo; HIRATA, Helena; SUGITA, Kurumi (Orgs). Trabalho flexível, empregos precários? Uma comparação Brasil, França, Japão. São Paulo: Edusp, 2009. p. 169-202

______. Música: arte, trabalho e profissão”. In: VALENTE, Heloísa de A. Duarte; COLI, Juliana (Orgs). Entre gritos e sussurros: os sortilégios da voz cantada. São Paulo: Letra e Voz, 2012. p. 49-63.

SIMÕES, Julia da Rosa. Ser músico e viver da música no Brasil: um estudo da trajetória do Centro Musical Porto-Alegrense (1920-1933). 2011. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

ZANON, Fábio. Música como profissão. In: LIMA, Sônia Albano (Org.). Performance e interpretação musical: uma prática interdisciplinar. São Paulo: Musa, 2006. p. 102-127.

Downloads

Publicado

2018-10-01

Edição

Seção

Comunicação

Como Citar

Capuzzo, H. D. (2018). Entre a “ocupação” e a “profissão”: considerações sobre o trabalho na música. Revista Da Tulha, 4(1), 162-173. https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2018.148671