Da energia vibrante da ancestralidade nas presas de um javali. Caça, artefatos de origem animal e povos indígenas no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2024.194269

Palavras-chave:

Artefato, Javali, Kariri-Xokó, Indianidade, Multispécie

Resumo

Este artigo explora as múltiplas conexões socioculturais e naturais materializadas em um colar indígena à venda na internet e que ostenta um dente de javali (Sus scrofa), espécie exótica invasora estranha à fauna nativa brasileira. Por meio da noção de artefato multispécie, o texto discute noções de autenticidade, ancestralidade e indigenidade/indianidade, entre outras, tendo como pano de fundo a oposição entre nativo/autóctone e exótico/invasor que segue aplicada, em paralelo, tanto aos povos indígenas no Brasil quanto aos animais e outros seres não humanos. Assim, o que acontece quando um povo indígena no Nordeste do país, os Kariri-Xokó em Alagoas, na sua luta por uma indianidade autêntica e nativa e por melhores condições de existência, passa a produzir peças de arte/artesanato com partes de um animal não nativo (e ainda cercado por inúmeras controvérsias político-ecológicas)? Aqui, argumento que artefatos como esses podem ser muito úteis para reflexão sobre distintas camadas de sentido sociocultural e biocultural, especialmente àquelas vinculadas às relações entre coletivos humanos e seres outros-que-humanos, uma vez que tais objetos frequentemente parecem materializar relações diversas – caça, domesticação, familiarização, coleta, convívio, dominação, exploração, entre outras –, que nos informam sobre posições cosmológicas, interações técnicas, considerações éticas e percepções estéticas de animais e plantas, que se desdobram em contextos específicos de interação que constituem complexas paisagens biosocioculturais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Allsen, Thomas. 2006. The royal hunt in Eurasian history. University of Pennsylvania Press, Philadelphia.

Appadurai, Arjun (Ed.). 1986. The Social Life of Things: Commodities in Cultural Perspective. Cambridge University Press, Cambridge.

Arruda, Rinaldo. 2019. Os Rikbaktsa: mudança e tradição. Alexa Cultural/EDUA, Embu das Artes/Manaus.

Baptista, Jean. 2004. Jesuítas e guarani na pastoral do medo: variáveis do discurso missionário sobre a natureza (1610-1650) (Dissertação de Mestrado), PUCRS, Porto Alegre.

Barbosa, Wallace de Deus. 1991. Os índios Kambiwá de Pernambuco: arte e identidade étnica (Dissertação de mestrado), Escola de Belas Artes/UFRJ, Rio de Janeiro.

Barbosa, Wallace de Deus. 1999. O artesanato indígena e os ‘novos índios’ do Nordeste. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 28: 198-215

Barcelos Neto, Aristóteles. 2002. A arte dos sonhos: uma iconografia ameríndia. Museu Nacional de Etnologia/Assírio & Alvim, Lisboa.

Barcelos Neto, Aristóteles. 2009. The (de)animalization of objects: food offerings and subjectivization of masks and flutes among the Wauja of Southern Amazonia. In: Santos-Granero, F. (Ed.). The occult life of things: native Amazonian theories of materiality and personhood. The University of Arizona Press, Tucson, 128-51.

Batista, Graziele Oliveira (Org.). 2019. Relatório sobre áreas prioritárias para o manejo de javalis: aspectos ambientais, socioeconômicos e sanitário. IBAMA, Brasília.

Bedford, Stuart. 2018. Modified canines: circular pig’s tusks in Vanuatu and the wider Pacific. In: Langley, M.C.; Litster, M.; Wright, D. & May, S.K. (Eds.). The archaeology of portable art: southeast Asian, Pacific, and Australian perspectives. Routledge, London/New York, 125-141.

Braga, Karina Guerra. 2010. Modelando xamãs: o caso da tenda de suor (Dissertação de Mestrado), UFRN, Natal.

BRASIL. 2017. Plano nacional de prevenção, controle e monitoramento do javali (Sus scrofa) no Brasil. MMA/MAPA, Brasília.

Calasans, José. 1986. Quase biografias de jagunços: o séquito de Antonio Conselheiro. Centro de Estudos Baianos, Salvador.

Carneiro da Cunha, Manuela. 1998. Pontos de vista sobre a floresta amazônica: xamanismo e tradução. Mana, 4(1): 7-22.

Carneiro da Cunha, Manuela. 2009. Cultura com aspas. Cosac Naify, São Paulo.

Chaumeil, Jean-Pierre. 1985. Éxchange d’énergie: guerre, identité et reproduction sociale chez les Yagua de l’Amazonie Péruvienne. Journal de la Société des Américanistes, LXXI: 143-157.

Chouhy, Magdalena & Dabezies, Juan Martin. 2020. La caza en Centurión. Aproximaciones etnográficas entre cazadores y conservacionistas. Tekópora. Revista Latinoamericana de Humanidades Ambientales y Estudios Territoriales, 2(2): 41-59.

Cristo, Tuani de. 2018. História ambiental envolvendo indígenas Guarani e jesuítas nas reduções da província do Tape, século XVII (Dissertação de Mestrado), Universidade do Vale do Taquari, Lajeado.

de Rose, Isabel & Langdon, Esther Jean. 2010. Diálogos (neo)xamânicos: encontros entre os Guarani e a ayahuasca. Tellus, 10(18): 83-113.

Dornelles, Jonatas. 2004. Antropologia e internet: quando o ‘campo’ é a cidade e o computador é a ‘rede’. Horizontes Antropológicos, 10(21): 241-271.

Due, Berete. 2002. Artefatos brasileiros no Kunstkammer Real. In: Berlowicz, B.; Due, B.; Pentz, P. & Wæhle, E. (Eds.). Albert Eckhout volta ao Brasil 1644-2002. Nationalmuseet, Copenhagen, 187-195.

Fénelon-Costa, Maria Heloísa & Monteiro, Maria Helena. 1971. O Kitsch na arte tribal, Cultura-MEC, 1: 124-30.

Fernandes, Ulysses (Org.). 2013. Fulkaxó: ser e viver Kariri-Xocó. SESC Edições, São Paulo.

Fernandes, Saulo. 2018. Xamanismo e neoxamanismo no circuito do consumo ritual das medicinas da floresta. Horizontes Antropológicos, 24(51): 289-314.

Ferreira, Dante Martins. 1983. Um estudo da etnozoologia Karajá: o exemplo das máscaras de Aruanã. In: Ribeiro, B. et al., O artesão tradicional e seu papel na sociedade contemporânea/The traditionalartisan and his role in contemporary society. Funarte/Instituto Nacional do Folclore, Rio de Janeiro, 211-253.

Ferreira, Tatiana Sanches. 2014. Basá busá: riqueza, cultura e política no alto rio Negro. (Dissertação de Mestrado), UFSCar, São Carlos.

Figueiredo, William Bezerra. 2018. Teia metafórica: a poética da narração e o ethos xamânico no meio urbano. (Tese de Doutorado), Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo.

Hames, Rayond. 2007. The ecologically noble savage debate. Annual Review of Anthropology, 36: 177-190.

López Garcês, Claudia; González Pérez, Sol; Silva, Juliano A. da; Araújo, Marluce O. de & Coelho-Ferreira, Márlia. 2015. Objetos indígenas para o mercado: produção, intercâmbio, comércio e suas transformações. Experiências Ka’apor e Mebêngôkre-Kayapó. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi – Ciências Humanas, 10(3): 659-680.

Guillardi, Bruno. 2019. Invasor (in)conveniente: o manejo de javali como política pública. (Dissertação de Mestrado), UFSCar, São Carlos.

Goto, Thomy & Ribeiro, Thaíke. 2018. Experiência religiosa e saúde – uma analise fenomenológico-empírico das práticas meditativas neo-xamânicas. Revista Simbio-Logias, 10(13): 8-33.

Grünewald, Rodrigo. 2001. Os índios do descobrimento: tradição e turismo. Contra Capa/LACED, Rio de Janeiro.

Hell, Bertrand. 1997. Le sang noir: Chasse et mythe du sauvage en Europe. Flammarion, Paris.

Helmreich, Stefan. 2005. How Scientists Think; About 'Natives', for Example. A Problem of Taxonomy among Biologists of Alien Species in Hawaii. The Journal of The Royal Anthropological Institute, 11(1): 107-128.

Hohenthal Jr., William. 1960. As tribos indígenas do Médio e Baixo São Francisco. Revista do Museu Paulista - Nova Série, 12: 37-86.

Ingold, Tim. 2000. The perception of the environment: essays on livelihood, dwelling, and skill. Routledge, London.

Kashina, Ekaterina & Macāne, Aija. 2020. Wild boar tusk adornment and tools from the Neolithic hunter-gatherer sites in the Volga-Oka interfluve (Central Russia). In: Mărgărit, M. & Boroneanţ, A. (Eds.). Beauty and the eye of the beholder: personal adornments across the millennia. Cetatea de Scaun, Târgovişte, 151-162.

Kirksey, S. Eben & Helmreich, Stefan. 2010. The emergence of multispecies ethnography. Cultural Anthropology, 25(4): 545-576.

Labate, Beatriz. 2004. A reinvenção do uso da ayahuasca nos centros urbanos. Mercado de Letras/Fapesp, Campinas.

Lagrou, Els. 2009. Arte Indígena no Brasil. Editora Arte, Belo Horizonte.

Lagrou, Els. (Org.). 2016. No caminho da miçanga: um mundo que se faz de contas. Museu do Índio/UNESCO, Rio de Janeiro.

Latour, Bruno. 1991. Jamais fomos modernos. Editora 34, Rio de Janeiro.

Léo Neto, Nivaldo. 2015. Dinâmica da caça e conflitos socioambientais no sertão da Serra Negra (PE). (Tese de Doutorado), UFPB, João Pessoa.

Lévi-Strauss, Claude. 1993. História de lince. Companhia das Letras, São Paulo.

Lévi-Strauss, Claude. 2008. Antropologia Estrutural. Cosac Naify, São Paulo.

Lira, Denise B. 2016. Os índios Xukuru do Ororubá, o rio Ipojuca e a barragem Pão-de-Açúcar: memórias, história e ambiente. In: Silva, E.; Santos, C. A. B. & Oliveira, E. G. (Orgs.), História ambiental e história indígena no Semiárido brasileiro. UEFS Editora, Feira de Santana, 145-177.

Magnani, José Guilherme. 2005. Xamãs urbanos. Revista USP, 67: 218-227.

Marinho da Silva, Christiano. 2000. Os Índios Fortes: aspectos empíricos e interpretativos do xamanismo Kariri-Xocó. In: Almeida, L. S. de; Galindo, M. & Elias, J. L. (Orgs.), Índios do Nordeste: temas e problemas 2. Edufal, Maceio, 315-346.

Marinho da Silva, Christiano. 2004. “Vai-te para onde não canta galo, nem boi urra...”. Diagnóstico, tratamento e cura entre os Kariri-Xocó. Edufal, Maceió.

Martins, Sílvia. 2000. Shamanism as focus of knowledge and cure among the Kariri-Shoco. In: Almeida, L. S. de; Galindo, M. & Elias, J. L. (Orgs.), Índios do Nordeste: temas e problemas 2. Edufal, Maceió, 301-312.

Mata, Vera Lucia Calheiros. 1999. Verbete Kariri-Xokó. Povos Indígenas no Brasil. Disponível em https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kariri-Xokó. Acesso em 22/04/2019.

Mata, Vera Lucia Calheiros. 2014. A semente da terra: identidade e conquista territorial por um grupo indígena integrado. Edufal/CESMAC, Maceió.

Melatti, Júlio César. 1967. Índios e criadores: a situação dos Krahó na área pastoral do Tocantins. I.C.S/UFRJ, Rio de Janeiro.

Mota, Clarice Novaes da. 1996. Sob as ordens da Jurema: o pajé Kariri-Xocó. In: Langdon, E. Jean (Org.), Xamanismo no Brasil: novas perspectivas. Editora da UFSC, Florianópolis, 267-95.

Mota, Clarice Novaes da. 1997. Jurema’s children in the forest of spirits: healing and ritual among two Brazilian indigenous groups. Intermediate Technology Publications, London.

Mota, Clarice Novaes da. 2007. Os filhos da jurema na floresta dos espíritos: ritual e cura entre dois grupos indígenas do Nordeste brasileiro. Edufal, Maceió.

Müller, Aline Maria. 2017. Arte Kadiwéu: processos de produção, significação e ressignificação. (Tese de Doutorado), Universidade de Coimbra, Coimbra.

Natterer, Johann. 2014. Bororo wordlists and ethnographic notes (edited by Christian Feest). Archiv Weltmuseum Wien, 63-64:198-219.

Oliveira Filho, João Pacheco de. 1998. Uma etnologia dos "índios misturados"? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. Mana, 4(1): 47-77.

Pastoreau, Michel. 2015. Le roi tué par un couchon: une mort infâme aux origines des emblèmes de la France? Seuil, Paris.

Pinto, Estevão. 1958. Dados históricos e etnológicos sôbre os Pancararu de Tacaratu. In: E. Pinto, Muxarabis e balcões e outros ensaios. Cia. Editora Nacional, São Paulo, 33-55.

Puntoni, Pedro. 2002. A guerra dos bárbaros: povos indígenas e colonização do sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720. Hucitec/Edusp, São Paulo.

Quammen, David. 2007. Monstros de Deus. Feras predadoras: história, ciência e mito. Companhia das Letras, São Paulo.

Ribeiro, Berta. 1983. Artesanato indígena: Para quê? Para quem?. In: Ribeiro, Berta et al., O artesão tradicional e seu papel na sociedade contemporânea. Funarte/INF, Rio de Janeiro, 11-28.

Ribeiro, Berta. 1988. Dicionário do artesanato indígena. Editora Itatiaia/Edusp, Belo Horizonte/São Paulo.

Rivasseau, Emílio. 1941. A vida dos índios guaicurus. Cia. Editora Nacional, Rio de Janeiro.

Rivière, Peter. 1995. AAE na Amazônia. Revista de Antropologia, 38(1): 191-203.

Sáez, Oscar Calávia. 2018. O índio ecológico e o seu reflexo. In: Segata, J.; Vieira, J. G.; Neves, R. de C. & Miller, F. (Orgs.), Populações tradicionais, ambientes e transformações. EDUFRN, Natal, 47-64.

Santos, Jocélio Telles dos. 1995. O dono da terra: o caboclo nos candomblés da Bahia. Sarah Letras, Salvador.

Schröder, Peter. 2003. Economia indígena: situação atual e problemas relacionados a projetos indígenas de comercialização na Amazônia Legal. Editora Universitária da UFPE, Recife.

Silva, Ana Cláudia Rodrigues da & Nascimento, Rayana. 2019. Aprendendo a conviver com tubarões: relações entre humanos e não humanos em Recife e no Arquipélago de Fernando de Noronha (BRA). Caderno Eletrônico de Ciências Sociais, 7(2): 66-81.

Siqueira Jr., Jaime. 1992a. Arte e técnica Kadiwéu. Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo.

Siqueira Jr., Jaime. 1992b. “A iconografia Kadiweu atual”. In: Vidal, L. (Org.), Grafismo indígena: estudos de antropologia estética. Studio Nobel/Fapesp/Edusp, São Paulo, 265-277.

Skoda, Sonia Maria G. 2012. Evolução da arte da joalheria e a tendência da joia contemporânea brasileira. (Dissertação de mestrado), Universidade de São Paulo, São Paulo.

Sordi, Caetano. 2017a. Presenças ferais: Invasão biológica, javalis asselvajados (Sus scrofa) e seus contextos no Brasil Meridional em perspectiva antropológica. (Tese de doutorado), UFRGS, Porto Alegre.

Sordi, Caetano. 2017b. Criar ovelhas, caçar javalis: negociações técnicas e engajamentos ambientais no manejo de suídeos asselvajados no extremo sul do Brasil. In: Sautchuk, C. (Org.), Técnica e transformação: perspectivas antropológicas. ABA Publicações, Brasília, 451-471.

Sordi, Caetano. 2020. Mobilização e predação: a guerra contra espécies invasoras sob duas perspectivas. Horizontes Antropológicos, 26(57): 207-237.

Tall, Emmanuelle Kadya. 2012. O papel do caboclo o candomblé baiano. In: Carvalho, M.R. & Carvalho, A. M. (Orgs.), Índios e caboclos: a história recontada. Edufba, Salvador, 79-93.

Santos, Danuzia Tavares dos. 2019. Kariri-Xokó: elementos católicos em sua religiosidade. In: Almeida, L. S. de & Hélio da Silva, A. (Orgs.), Índios de Alagoas: trabalho, religião e política. Eduneal, Maceió, 63-100.

Trigger, David. 2008. Indigenity, ferality, and what ‘belongs’ in the Australian bush: Aboriginal responses to ‘introduced’ animals and plants in a settler-descendant society. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.), 14(3): 628-646.

Trigger, David, Mulcock, Jane; Gaynor, Andrea & Toussaint, Yann. 2008. Ecological restoration, cultural preferences and the negotiation of ‘nativeness’ in Australia. Geoforum, 39: 1273-1283.

Van Velthem, Lúcia. 2003. O belo é a fera: a estética da produção e da predação entre os Wayana. Assírio & Alvim/Museu Nacional de Etnologia, Lisboa.

Van Velthem, Lúcia. 2009. Mulheres de cera, argila e arumã: princípios criativos e fabricação material entre os Wayana. Mana, 15(1): 213-236.

Vander Velden, Felipe. 2011. As flechas perigosas: notas sobre uma perspectiva indígena da circulação mercantil de artefatos. Revista de Antropologia, 54(1): 231-267.

Vander Velden, Felipe. 2012. As galinhas incontáveis: Tupis, europeus e aves domésticas na conquista do Brasil. Journal de la Société des Américanistes, 98: 97-140.

Vander Velden, Felipe. 2018. Joias da floresta: antropologia do tráfico de animais. Edufscar/Fapesp, São Carlos.

Vander Velden, Felipe. 2020a. O que anunciam os chifres dos bois? Artefatos multiespecíficos na expansão da pecuária no Brasil. Anthropológicas, 31(1): 67-104.

Vander Velden, Felipe. 2020b. Exotic materials, native artifacts: exploring objects in the encounter between Amerindian peoples and Old-World animals. Indiana, 37: 97-120.

Viveiros de Castro, Eduardo, 1996. Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana, 2(2): 115-144.

Wagner, Roy. 2010. A invenção da cultura. Cosac Naify, São Paulo.

Downloads

Publicado

2024-11-26

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

VELDEN, Felipe F. Vander. Da energia vibrante da ancestralidade nas presas de um javali. Caça, artefatos de origem animal e povos indígenas no Brasil. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, Brasil, n. 42, p. 143–163, 2024. DOI: 10.11606/issn.2448-1750.revmae.2024.194269. Disponível em: https://periodicos.usp.br/revmae/article/view/194269.. Acesso em: 13 mar. 2025.